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Taxistas de Vitória denunciam motoristas clandestinos no Aeroporto

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Taxistas que atuam no Aeroporto denunciam que motoristas clandestinos estão cobrando mais barato e atuando ilegalmente. Foto: Thais Rossi

Os taxistas que atuam no Aeroporto de Vitória denunciam a atuação irregular de motoristas no local. Segundo eles, mais de 20 carros esperam, todos os dias, que a fiscalização da prefeitura saia do local, para então levantar placas com nomes de aplicativos e oferecer corridas mais baratas aos passageiros.

Segundo o taxista Henrique Martins, isso está prejudicando os 75 motoristas que são credenciados para trabalhar de forma regular no Aeroporto. Os trabalhadores estão fazendo apenas quatro corridas durante o dia, e chegam a ficar até três horas parados esperando passageiros. Além disso, a prefeitura estaria estudando liberar mais 35 placas de táxis no local, o que pode prejudica-los ainda mais.

“As linhas áreas não aumentaram com o novo terminal. A quantidade de passageiros que desembarcam é a mesma. Não há necessidade, atualmente, de o prefeito colocar mais carros aqui. Ontem (8), ficamos das 4h30 às 14h30 e fizemos apenas quatro corridas. Como sustentamos nossas famílias?”, questionou Henrique.

Segundo o taxista, em volta de feriados e horários de pico é comum que faltem carros, mas isso poucos minutos, porque taxistas que atuam pelas ruas da capital podem entrar e fazer corridas normalmente no Aeroporto de Vitória. Sendo assim, não há necessidade de aumentar o quantitativo de carros.

“As pessoas criticam que nos somos contra o Uber. De maneira nenhuma! Nem contra eles e nem contra outros aplicativos. Nossa queixa é contra a atuação de carros clandestinos que atuam na área de desembarque. É uma vergonha para a porta de entrada do Estado!”, afirmou.

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Fiscalização atua, mas segundo os taxistas, é por pouco tempo. Foto: Thais Rossi

A reportagem esteve no Aeroporto de Vitória. Durante a apuração, vimos dois Guardas Municipais e outros dois fiscalizadores da Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran). Mas, segundo Henrique, essas fiscalizações não são permanentes. “Hoje tem guardas ali, mas isso é raridade. Eles vão embora em 20 minutos! Os clandestinos esperam eles sair para então começar a atuar”.

Henrique afirmou também que os taxistas já dialogaram várias vezes com a Setran, e chegaram a protestar no antigo Aeroporto, fechando a Avenida Fernando Ferrari, mas nada foi feito até o momento. Disse também que a secretaria esta ciente e já recebeu inúmeras reclamações sobre os carros clandestinos.

“Quando o passageiro desembarca, cobramos, por exemplo, R$ 27 numa corrida até um hotel próximo. Já aconteceu de o clandestino abordar o turista e dizer que nos, os taxistas, cobramos R$ 70, e fazer a corrida por R$ 50. Aconteceu de um passageiro esquecer a bagagem dentro do carro e reclamar no 156 da prefeitura”, afirmou.

Por nota, a Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória (Setran) informou que 75 taxistas estão credenciados para atuar legalmente no novo Aeroporto de Vitória. Segundo o órgão, ações de fiscalização são frequentes e quando há táxis irregulares as multas são aplicadas como sendo transporte clandestino. “A Setran tem buscado intensificar a fiscalização no aeroporto que teve sua estrutura ampliada. O valor da multa para esses casos é de R$ 960,34. Na reincidência o valor passa para R$ 1.440,51. Em 2017, foram 256 ações de combate ao transporte clandestino que resultou em 61 motoristas autuados. Este ano já chegou a 100 ações e 10 motoristas autuados”.

Aeroporto com pouca demanda

A taxista Marise Torrezani trabalha com corridas no aeroporto há 10 anos. Segundo ela, Vitória tem cerca de 4 mil carros de um aplicativo de corridas e 600 táxis. Mas não há demanda para tantos carros, porque o número de passageiros tem diminuído. Sendo assim, não há sentido em aumentar ainda mais o número de carros no Aeroporto.

“A demanda do aeroporto caiu mais ou menos 50%. Caso aconteça o aumento de carros, podemos fazer apenas duas corridas por dia. Não vamos conseguir manter nossas famílias! A fiscalização existe, mas é raro. É de uma a duas vezes por semana, durante meia hora. Não há como fiscalizar direito, porque não há fiscais suficientes. Precisa também da Guarda Municipal, que não os atende quando eles precisam”, afirmou.

O também taxista Renan Ribeiro disse que o problema com carros irregulares sempre existiu, mas piorou com o novo Aeroporto. “Estamos num sério problema. A Infraero não resolve. A prefeitura também não. Um joga para o outro. Piora a cada dia que passa. O aeroporto é novo, mas a demanda é velha. Não aumentou o número de passageiros. Acredito que no futuro possa melhorar, mas, atualmente, está à mesma coisa ou até menos que o aeroporto antigo”.

Segundo ele, é preciso que seja analisado, de forma correta, se realmente é necessário aumentar o número de táxis no aeroporto. “Se isso acontecer, a frota, principalmente do aeroporto, vai envelhecer. E nossas famílias estão passando necessidade. Não está dando para pagar as contas. Temos água, luz, telefone, crianças em creche, plano de saúde. O prefeito precisa abrir espaço para o diálogo e conversar com a gente. Infelizmente, até hoje, isso não aconteceu. É ruim e chato para nós”.

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Comentários
  1. Sou motorista Uber e estou com os taxistas nessa griga, isso é porta de entrada de melicias para o estado do espírito santo aonde ainda a polícia tem controle, por diversas vesses TB denunciei e niguem faz nada, esses transportes clandestino sempre tem carro velho gente com passagem na polícia ou o carro está todo atrasado. Parabéns és hoje por uma nota informativa ao povo capixaba

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