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Suspeito de integrar esquema que adulterava placa de veículos roubados é detido, em VV

despachante preso
Juracy Phillipe. Foto: Divulgação/Policia Civil

A policia civil, por meio da Divisão de Furtos e Roubos de Veículos, realizou a prisão do despachante Juracy Phillipe Tavares, de 34 anos que atuava em uma associação criminosa, envolvida em um esquema de adulteração de sinais identificadores, falsificação de documentos públicos e reinserção de veículos clonados no mercado.

Um dos principais crimes cometidos por ele era a adulteração de veículos clonados. O esquema funcionava da seguinte forma: a pessoa roubava um veículo e ligava para ele, que entrava no sistema do Detran através da senha que tinha acesso como despachante.

Dessa forma, ele conseguia achar um carro similar ao que foi roubado e reproduzir os caracteres da placa. A partir disso, a pessoa encaminhava os dados repassados aos adulteradores, principalmente fabricantes de placas, que conseguiam retornar com os veículos para o mercado.

Durante a primeira fase da operação, foram cumpridos 10 mandados judiciais de busca e apreensão, suspensão de atividades comerciais de fabricantes de placas veicular e despachante, nos municípios de Vitória, Vila Velha e Guarapari. Um dos despachantes que receberam a suspensão administrativa e ficaram impedidos de exercer sua profissão foi Juracy Tavares, que teve a senha de acesso ao sistema do DETRAN cancelada.

Dinheiro apreendido em Dezembro

Na segunda fase da operação, que aconteceu em dezembro de 2018, ficou comprovado que o suspeito continuava exercendo suas atividades utilizando a senha de outros profissionais e, em troca, oferecia um valor de R$ 25 a R$ 50 por processo que era iniciado com as senhas. Por dia, ele requeria, pelo menos, 20 processos.

A polícia já identificou cinco despachantes que cederam seus logins para Juracy Tavares. Em depoimento, eles confessaram a ação, alegando que não sabiam que seriam usados para fins criminais, e acreditavam que o suspeito apenas havia perdido a senha e estava aguardando outra chegar. Todos vão responder por falsidade ideológica.

Como não respeitou a decisão administrativa aplicada pelo Detran, Juracy recebeu uma medida judicial o proibindo de exercer a profissão de despachante. Por não oferecer risco eminente a sociedade, a prisão dele não foi decretada no momento e, novamente, ele não respeitou a ordem.

O suspeito continuou exercendo as atividades até o dia 29 de janeiro, quando foi encontrado pela policia em seu escritório, no bairro Cristovão Colombo, utilizando a senha de mais um despachante, e foi detido. Para não ser pego, Juracy Tavares chegou a credenciar a esposa como despachante, mas pouco tempo depois foi preso.

O suspeito responderá por falsificação de documento público, falsificação de documento particular Inserção de dados falsos em sistema informatizado, fazer uso de qualquer dos papeis falsificados ou alterados, além de exercer atividade de que está impedido por decisão administrativa. As penas podem chegar a 35 anos de reclusão.

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