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Superlotação no Hospital Antônio Bezerra de Faria coloca em risco via de pacientes

Esthefany Mesquita
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antonio bezerra de fariaSuperlotação, aparelho respiratório com falhas e falta de fraldas geriátricas. Essa é a situação que os pacientes do Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, têm vivido, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindisaúde). Veja vídeos feitos pelo sindicato no final da matéria

O hospital que é referência em traumas no município, registra superlotação desde o último domingo (13), segundo o diretor do sindicato Valdecir Gomes Nascimento. “Não se sabe ainda o motivo dessa superlotação na sala de emergência, porém, a situação se agravou. Uma sala que suporta quatro pessoas, na terça-feira estava com 15. Isso é inaceitável para a saúde da população. Domingo quatro pacientes da mesma sala morreram. Se as condições fossem melhores eles teriam mais chance de sobreviver”, disse.

O diretor contou que devido a superlotação, o Antônio Bezerra de Faria tem colocado as macas bem próximas uma das outras, o que facilita o contágio de infecções entre os pacientes e dificulta o acesso dos médicos e enfermeiros. Os técnicos, médicos e enfermeiros não conseguem circular no local devido o número de pessoas nos corredores. “Não tem como esses profissionais fazerem o trabalho deles se não tem como caminhar de forma rápida nos corredores. Não podem machucar aqueles pacientes que também estão ali em busca de cuidados”, informou.

De acordo com Nascimento os pacientes que estão em estado grave precisam de fraldas, já que estão em respiradores, e é necessária ajuda da equipe médica para fazer a higiene pessoal. Mas o Hospital está em falta. Além disso, o saco utilizado para óbitos não tem mais no estoque do hospital, Nascimento informa que apesar de não saber o número exato do material a falta dos sacos no local indica que a quantidade de mortes passou do previsto.  “Os aparelhos de oxigênio da sala desligaram várias vezes, não sei se esse foi o motivo dos óbitos, mas acredito que pode ter contribuído. Os óbitos saíram enrolados em lençóis”, destacou.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo, Carlos Magno Pretti Dalapicola, informou que no final de 2016 foi feito uma fiscalização no Hospital Antônio Bezerra de Faria e constatou hiperlotação no centro cirúrgico. “Quando detectamos a hiperlotação causando a dificuldade de trabalho dos profissionais, foi feito um documento e encaminhado para Secretaria de Saúde, Ministério Publico e direção do Hospital informando sobre os problemas para que providências fossem tomadas”, contou.

Ainda de acordo com Pretti Dalapicola, a previsão é de que nos próximos dias a equipe faça uma nova fiscalização em toda a área para saber a situação atual do Hospital. Até o fechamento desta matéria a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (SESA) não se pronunciou.

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