Além do isolamento social, as pessoas estão sobrecarregadas com as notícias alarmantes, porém necessárias, sobre o novo Coronavírus (Covid-19).
Com o aumento de notificações suspeitas e casos confirmados da contaminação do vírus, a ansiedade e preocupação aumentam cada vez mais para quem está em casa, perto ou longe da família.
Mas há luz no fim do túnel. Profissionais de diversos setores se solidarizaram e se disponibilizaram para tirar dúvidas e fornecer conteúdo gratuito para quem está confinado.
São diversos os motivos para a preocupação, que vão além do medo da contaminação. A psicóloga Caroline Vitali fornece terapias alternativas em um grupo criado para atender essas pessoas que estão se consumindo pela ansiedade. “
Nossa principal regra é não falar sobre o vírus. Nós criamos um grupo de terapeutas para fornecemos uma rede de apoio para quem está sofrendo não só com o medo da contaminação, mas também com as consequências da pandemia. Muitas pessoas autônomas procuram o grupo de apoio, pois estão preocupadas em como vão se manter durante a crise. Nós fornecemos conteúdo e lives, divulgadas através do nosso instagram @floreser.terapiasintegrativas com terapias, yoga, meditação, atendimento psicológico e terapêutico, entre outros serviços gratuitos, podendo evoluir para um novo projeto, pois não queremos perder o grupo após esse momento”.
A nutricionista Rayanne Pimentel foi tomada pelo sentimento de empatia e decidiu fornecer atendimentos com informações nutricionais para quem foi diagnosticado com o vírus.
“Estamos passando por uma situação complicada. Através do meu instagram @drarayannepimentel dou dicas de alimentação para aumentar a imunidade, inicialmente para quem foi diagnosticado, mas também para diminuir as chances de contágio. Uma das dicas que dou é que não se faça restrição alimentar, esse não é o momento. Indico a ingestão de pratos coloridos, entre eles carboidratos bons, aipim, batata-baroa, legumes e folhas”.
Preocupado com a saúde mental e o bem estar das famílias, o professor de educação física Rogério Dias aproveitou seu conhecimento em entretenimento infantil e produziu conteúdo para os pais e crianças aproveitarem da melhor maneira possível o tempo em casa.
“Com o cancelamento das aulas, eu e minha equipe produzimos uma cartilha de dinâmicas com brincadeiras para fazer em casa”.
A divulgação é feita através da conta @vidativa_eventos no instagram através de lives, ensinando os pais e às crianças a prepararem espaços de jogos dentro de casa.
“O objetivo é ajudar. Apesar do motivo do isolamento social ser preocupante, nós levamos momentos felizes para as famílias. Muitos pais que trabalham fora não passavam tempo o suficiente com os filhos. Uma das mães admitiu que não conhecia a personalidade da própria filha, e agradeceu ao conteúdo. O retorno é muito positivo,. Pretendo transformar isso em um projeto, futuramente, com conteúdo exclusivo, mas não pretendo cobrar pelas dicas que já fornecemos por aqui”.
No caso da advogada Steleijanes Carvalho, foi a procura que a levou a focar o conteúdo em ajuda às famílias durante o isolamento social, para conter o coronavírus.
“Eu trabalho com atendimento familiar, na minha conta @solucaodeconflitosfamiliares onde já dava dicas sobre problemas familiares. Mas após as consequências do vírus, por exemplo, na China, após o fim do isolamento, aumentou o número de divórcios. Passei a construir conteúdo para que os casais evitem que isso aconteça”.
Porém, segundo ela, o maior motivo das procuras são em relação ao pagamento de pensão e visitações.
“Passamos por uma situação incomum, onde devemos contar com o bom senso e os acordos entre os pais, visando o bem estar dos filhos. Nessa situação, muitas pessoas se vêem sem saber o que fazer com as visitas sentenciadas pela justiça. O que eu indico é que haja uma negociação para que a criança possa ficar aonde está e, após esse tempo, possa haver uma compensação do tempo que deixou de ver os pais”.
Já sobre a pensão alimentícia, a situação não muda. “Coronavírus não é desculpa para não pagar pensão. Mas, caso sejam autônomos, a recomendação é fazer um acordo por escrito entre os pais”.
Com o novo cenário, é possível visualizar desde então um possível novo tipo de mercado. As pessoas além de solidárias, encontraram novas formas de atendimento que podem ser úteis em caso de necessidade.