O tripulante Mengzhu Lai, que sobreviveu ao acidente no navio Da Tai, ancorado no Porto de Vitória, recebeu alta e voltou a trabalhar. Ele teve uma contusão no pé e passa bem.
De acordo com a assessoria do Hospital Meridional, em Cariacica, “o paciente passou por alguns exames e teve alta na madrugada de hoje (11)”.
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No acidente, o tripulante, Yong Zhang, de 41 anos, morreu após cair no porão, na tarde da última quinta-feira (10). O corpo dele foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML).
Segundo as informações, quando houver a liberação do corpo, o caso passa para a Polícia Federal, responsável pelas providências para autorização do translado até a China. A empresa dona do navio é que deverá atuar junto com a PF para que o transporte aconteça.
No Porto de Vitória a operação de embarque de carga (concentrado de cobre – cerca de 12 mil toneladas), que não havia começado, continua suspensa. Ainda não há informações sobre quando o navio será liberado para embarque de carga e seguir viagem.
Em nota, a Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que a Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) tomou conhecimento na tarde de quinta-feira (10), da ocorrência a bordo do Navio “Da Tai”, envolvendo dois tripulantes. “O navio, de bandeira de Hong Kong, encontra-se atracado no Porto de Vitória. Uma equipe de militares da CPES foi ao local para verificar o ocorrido. As causas e responsabilidades sobre o fato serão apuradas em Inquérito instaurado pela Marinha do Brasil.”
Polícia Civil
Também em nota, a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada em Acidente do Trabalho. A Capitânia dos Portos e a Polícia Federal também serão comunicadas. Outras informações não serão passadas, no momento, para não atrapalhar as investigações.
A Polícia Civil disse também que a liberação do corpo da vítima pode ser realizada pelo capitão responsável pela embarcação, que deve ir até o Departamento Médico Legal (DML) com a documentação de identificação do tripulante. “O processo de translado do corpo fica a cargo de familiares ou dos responsáveis pelo pedido de liberação do trabalhador”.
Por Heberton Silva