Segundo registros históricos, na Grécia antiga nasceu e viveu o filósofo Sócrates (469-399a.C.), mestre de Platão e um dos fundadores da filosofia ocidental.
Iniciou o estudo da virtude, e achava que, sendo a mais importante de todas as coisas, voltada para o bem, era útil à conduta humana. Dizia que as ideias só interessavam aos estudiosos, para, tornando-se perfeitos, governarem bem o Estado: ideias perfeitas e virtuosas, sinônimo de bom governo.
Sobre conhecimento, Sócrates era modesto, pois dizia ser seu saber limitado à própria ignorância, e alertava que os erros são frutos da ignorância, e que a verdade, oculta em cada um, só é visível pelo olhar da razão. Aos que o achavam o mais sábio, dizia: “Sou o mais sábio, porque sei que nada sei”.
Face ao caos vigente, a conduta e o saber de Sócrates me remetem à penosa origem e à bela trajetória de Lula – de retirante em pau-de-arara e líder sindical, a Presidente – porém, a contragosto, remetem-me, também, à sua desonrosa conduta, pois já é heptaréu, e já foi apenado a 9 anos e 6 meses.
Aliás, por ser oportuno e conveniente, registro que, pelo excepcional fato de Lula liderar pesquisas para a Presidência em 2018, concluo que a corrupção tem fã clube no Brasil!
Em 1980, no ABC paulista, Lula liderou fundação do PT, que hasteou sedutoras bandeiras fulcradas em princípios ético e moral, com promessa sui generis de governar com transparência, competência, honestidade e eficiência, o que atraiu (ou traiu!) quem almejasse mudanças corretas e justas.
Aliás, confesso que, à época do “Lulinha, Paz e Amor”, da escolha, como vice, do saudoso e respeitado empresário, José Alencar, e do hasteamento das citadas bandeiras, só não ingressei no PT por duas simples razões básicas: 1ª) porque não fui oficialmente convidado; 2ª) porque, em razão da minha rígida formação, senti-me moralmente impedido de me oferecer.
Esperava que o PT, logo que assumisse o Poder, e concretizasse as bandeiras acima elencadas, imprimiria à Administração uma forma honesta e dinâmica de governar, com o que, obviamente, solucionaria, em tempo razoável, os principais problemas do País, centrados, sobretudo, na Educação, na Saúde e Segurança Pública. Ledo engano!
Pois, o PT, liderado por Lula e Dilma, apoiados na “base aliada”, mal assumiu os destinos do País, revelou-se, também, patrimonialista, conduta promíscua, que mistura interesse público com interesse privado, de que parece ser parte integrante, como mantra, a expressão sui generis “EU NÃO SEI DE NADA”, a começar por Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Salvador Bonomo
Ex Deputado Estadual e Promotor de Justiça inativo