Ordinariamente, as cidades refletem quem mora nelas. As vezes me pergunto: quem foi o sábio que disse a asnice que Vitória está em terceiro (?) lugar em qualidade de vida no Brasil! Será?
Olhem bem, sou nascido em São Mateus, moro em Vitória desde a década de 50 e, sinceramente, tenho lutado para avaliar se o que dizem é realmente verdade ou não passa dessas gozações capixabas… Viver é ver Vitória (Marrien Calixte), ou “Esta Ilha é uma Delícia”, Carmélia Maria de Souza, ambos velhos amigos que já se foram. Tudo por gozação…
Tenho um amigo, professor Antonio Chalhub que, reputo, como um dos melhores urbanistas que temos. Quando falou-se em “Linha Verde”, ligando a Praia de Camburi a lugar nenhum, ele falou para mim: “Vai dar em merda”. Foi dito, foi feito! No trecho correspondente à Linha Verde” não vai dar um grande movimento de coletivos para trafegar, mas vai embaralhar o trânsito porque a maioria é de automóveis.
Nossos especialistas em tráfego não entenderam que a Grande Vitória tem três horários de pico, no trânsito: de 7:00 às 8:30; de 11:30 às 13:00 horas; de 17:30 às 19:30 horas. Salvo algum acidente ou buraco inesperado aberto em ponto estratégico, provocam engarrafamento. Quem passa por algumas avenidas da Grande Vitória a noite não deve parar em sinal fechado. Passe o mais rápido possível, para evitar assalto. Vivemos também a tragédia da insegurança.
Um estudo sério, de alguns pontos da região, do excesso de sinal de trânsito, melhoraria muito o tráfego nos horários de pico. Todos nos sabemos que a chamada Praça do Cauê é um entrave ao trânsito da Terceira Ponte mas, cadê coragem? Quem mora na Ilha do Boi ou vai ao Shopping Vitória almoçar sofre para passar no sinal ali instalado. Parece que a demora ali é pura sacanagem que fazem com os moradores ou usuários do Shopping Vitória. Que fazer?
Na av. Saturnino de Brito, na Praia do Canto, tem sinal que permite passar apenas três veículos. O quarto, passa com o sinal fechado e a felicidade é não ter guarda de trânsito, para permitir passar o quarto…
Vou ainda descobrir quem foi o artista que inventou esse negócio de qualidade de vida para Vitória; do porque o grande centro comercial do passado, que foi a Vila Rubim, vive no abandono. Em qualquer lugar decente do mundo, a sala de visita começa pelo mercado, onde o povo vai às compras.
Minha mãe dizia: “Só a morte dá jeito nisso tudo…”