Mais um capítulo que virou a “novela” do funcionamento do comércio capixaba foi apresentado esta semana. Após muita discussão, empresários e comerciários chegaram a um acordo, e podem encerrar, por hora a questão: reajuste definido, bem como dias autorizados para que shoppings e supermercados funcionem sem prejuízos para ambas as partes.
Nesta terça-feira (8), após mais uma rodada de negociações, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio- ES) e o Sindicomerciários assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2017. Nela ficou estabelecido piso salarial com reajuste de 7%, passando de R$ 968 para R$ 1.036. O valor vai em favor do Parágrafo Terceiro da CCT, onde fica estabelecido que a partir de 1º de maio de 2016, nenhum funcionário deve receber menos do que R$ 968,00.
Ficou decido ainda que as lojas dos shoppings continuarão abrindo aos domingos, e os supermercados poderão funcionar aos domingos na segunda quinzena de dezembro, durante todo o mês de janeiro e em fevereiro, carnaval, assim como no período das férias de julho. A mudança fica por conta da inserção do feriado de finados, em 2 de novembro.
Segundo o Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Cariacica, Eliomar César Avancini, as únicas alterações foram relacionadas a clausulas comerciais. “Piso, reajuste no plano de saúde/odontológico e seguro de vida. As demais clausulas permaneceram inalteradas”, disse.
Quanto a decisão de reabertura de supermercados e shoppings (ainda que aos finais de semana, feriados e carnaval), Avancini explicou que é facultativa, cabendo aos responsáveis a abertura ou não. “Houve pros e contras, mas nosso entendimento é que o turismo pode melhorar durante esses meses. O restante do ano eles permanecem fechados, e só voltamos a discutir em outubro de 2017”, disse.
Em entrevista a ESHOJE nesta terça, o diretor da rede de supermercados Carone, Willian Carone Junior, disse que não pretende abrir as lojas aos domingos. “O que impede a gente abrir nos domingos é a legislação trabalhista. Para nós abrir no domingo fica muito caro, os encargos que são colocados não justifica a abertura”, afirmou.
Outro supermercado que não tem a intenção de retornar com o funcionamento aos domingos é o Perim. Por meio de nota a rede informou que irá continuar com sua política de manter suas lojas fechadas no primeiro dia da semana por considerar que esse é o dia de descanso para seus colaboradores. Além disso, ressaltou que o retorno nos atendimentos aos domingos “não é definido pela empresa por considerá-lo financeiramente inviável”.