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Sesa registrou mais de 700 casos de hepatites B e C em 2012

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2013/07/25/1_manicure_hepatites_250713__10_-31730.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'51f175376e5aa', 'cd_midia':31729, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2013/07/25/1_manicure_hepatites_250713__10_-31729.jpg', 'ds_midia': '', 'ds_midia_credi': 'Assessoria de Comunicação/Sesa', 'ds_midia_titlo': 'd', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '300', 'cd_midia_h': '200', 'align': 'Left'}Em 2012, o Espírito Santo registrou 486 casos confirmados de hepatite B e 226 de hepatite C, os tipos mais graves da doença e que podem evoluir para formas crônicas aumentando as chances de falência do fígado e até câncer. Só neste ano, até a última quarta-feira (24) foram contabilizados 210 casos do tipo B e 80 do C. No próximo domingo (28) é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as hepatites virais e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção da população para a importância da vacinação e incentiva a procura por testes de detecção da doença.

O infectologista da Sesa Marcelo Leal, que atua no Programa Estadual de Hepatites Virais, explica que, apesar da vacinação que protege contra o tipo B fazer parte do calendário nacional de imunização há 20 anos com indicação para ser aplicada logo que a criança nasce, ainda é baixa a cobertura vacinal observada entre jovens de 15 a 19 anos – 75%, quando a meta do Ministério da Saúde (MS) estabelece 95%. Nos jovens de 20 a 24 anos, a cobertura é ainda menor, 67%.
Para o médico, isso é preocupante porque a transmissão da doença se dá por meio de contato com secreção ou sangue contaminado e muitos jovens se tornam sexualmente ativos sem o uso do preservativo e sem estarem vacinados. A imunização é uma forma eficaz de proteção, em média, de 95%, segundo ele.
Público-alvo
Neste ano, o Ministério da Saúde ampliou o público-alvo contemplado com a vacinação para a faixa etária entre 30 a 49 anos, universalizando, na prática, a imunização contra a hepatite B para todas as faixas etárias. Ao longo dos anos, o Ministério vem ampliando os grupos contemplados.
Desde o mês de abril, por recomendação do MS, o Espírito Santo já está oferecendo gratuitamente a vacina também para a população da nova faixa etária contemplada, estimada em pouco mais de um milhão de habitantes, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado que recebia conta mensal de vacina entre 30 e 35 mil doses para distribuir aos municípios passou a receber 40 mil.
Em preparação para o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, a Sesa orientou os 78 municípios capixabas a realizarem ações educativas sobre forma de transmissão da doença, disponibilizar os exames sorológicos e o teste rápido para diagnóstico, além de estimular a vacinação.
“Os municípios vêm sendo orientados a utilizarem inclusive os agentes comunitários de saúde nesta busca ativa principalmente aos jovens para vacinação, por meio de campanhas de orientação”, explicou o infectologista da Sesa Marcelo Leal.
Mas não é só o público jovem que deve se prevenir. Pessoas até 49 anos que nunca se vacinaram contra hepatite B podem procurar as unidades de saúde municipais. A vacina é injetada e são aplicadas três doses. A segunda é aplicada 30 dias após a primeira e, a última, seis meses após a primeira dose. Cumprindo esse esquema, estará protegido para o resto da vida. Quem não completar o esquema vacinal no prazo terá que recomeçar. Por isso, é importante manter em dia o Cartão de Vacinação.
Tratamento
As hepatites que evoluem para as formas crônicas têm tratamento e a eficácia da terapia está associada ao diagnóstico e do grau de acometimento em que se encontra o paciente. Por isso, quanto mais cedo for descoberta, melhor. A hepatite do tipo B geralmente evolui para cura espontânea. Já a do tipo C tem cura para metade dos pacientes.
Medicamentos
Neste ano, dois medicamentos do MS foram incluídos no arsenal terapêutico ofertado pelo Espírito Santo para tratar a doença. São eles, o telaprevir e o boceprevir, indicados para pacientes específicos, que têm o genótipo 1 e fibrose classes 3 e 4, porque aumenta a taxa de resposta nesses pacientes, reduzindo as chances do quadro inflamatório evoluir para insuficiência hepática, falência e câncer de fígado.
O acesso ao diagnóstico e o tratamento é feito na unidade de saúde do município. O Estado conta com serviços de referência para hepatites B e C nos Hospitais Infantil de Vitória, Santa Casa de Misericórdia de Vitória e Hospital das Clínicas, e nos CTAs de Linhares, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina. Do ano passado para cá, também foram abertos serviços especializados em Vila Velha, Santa Maria de Jetibá, Aracruz e Guaçuí.
Prevenção
– Não compartilhar agulhas, cortadores de unhas, alicates de cutícula, escovas de dente, ou qualquer material que possa ter tido contato com sangue ou secreção. Esses materiais devem ser de uso individual. Nos serviços de manicure, por exemplo, os itens devem ser de uso pessoal, individual ou com a garantia de que o material foi corretamente esterilizado.
– Usar preservativo nas relações sexuais.
– Se vacinar contra a hepatite B.
Os sintomas, quando existem, são semelhantes: cansaço, tontura, enjoo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado.
A hepatite B pode ser transmitida de mãe para filho e, por isso, é importante realizar exames durante a gravidez.

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