com informações de Caio Miranda
Chegou ao fim na segunda-feira (24), de acordo com a Lei estadual e greve n° 7.311/2002, o prazo de 30 dias para o Governo do Espírito Santo atender às reivindicações dos servidores públicos estaduais. Durante toda a segunda, integrantes do Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Fespes) realizaram uma espécie de vigília em frente à Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), onde foram atendidos pelo assessor de Relações Sindicais, Francisco José Carlos.
Insatisfeitos com a falta de diálogo e garantias por parte do Poder Executivo, os servidores marcaram uma Assembleia Geral para quinta-feira (27), às 14h, no Centro Sindical dos Bancários, para decidirem o que será feito. Há, inclusive, a possibilidade de uma greve geral.
“Respeitamos o prazo da Lei, mas não fomos atendidos pelo governo. Pelo que se tem visto nos protestos e atos organizados pelo movimento sindical, os servidores já querem iniciar a greve. Não posso afirmar, até porque precisamos fazer tudo com responsabilidade e obedecendo a legislação, mas existe sim a chance de entrarmos em greve”, declara o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos), Gerson Correia de Jesus.
As principais reivindicações dos servidores públicos são o reajuste dos salários com base na inflação nos últimos 12 meses – e que deveria ter sido feito em abril –, pagamento com revisão do auxílio alimentação aos servidores que recebem por subsídio, estabelecimento de uma data-base e uma mesa permanente de negociação com a categoria.
Governo negocia com a classe e diz que prioriza a manutenção dos pagamentos em dia
Em nota, a Assessoria de Relações Sindicais da Seger informa que tem conhecimento da assembleia e que as negociações com as entidades representativas dos servidores públicos estão em andamento de forma responsável e adequada à política de ajuste fiscal, necessária ao reequilíbrio das contas públicas.
A assessoria destaca que neste momento, o Governo mantém o diálogo aberto e que o seu compromisso é manter o pagamento dos salários dos servidores em dia. Essa meta evitará que aconteça no Espírito Santo o que já vem sendo registrado em vários Estados do País, onde os salários estão sendo parcelados, atrasados ou estão sendo adotadas medidas severas para honrar as folhas de pagamento.