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Servidores do São Lucas (no HPM) protestam em frente à sede da Sesa

hpm-217026Cerca de 40 servidores do Hospital São Lucas, que trabalham no prédio anexo ao HPM (Hospital da PM) em Bento Ferreira, Vitória, protestaram na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), na Enseada do Suá, na manhã desta quarta-feira (22). Eles não querem deixar o prédio, que abrigará o Pronto Socorro do Hospital Infantil em abril.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindisaude-ES), Valdecir Gomes do Nascimento, os servidores trabalharam de forma improvisada no anexo ao HPM durante sete anos, até que a reforma e ampliação do Hospital de Urgência e Emergência, no Forte São João, na Capital, fosse concluída. A promessa de trabalhar no novo hospital nunca se concretizou. Agora os servidores têm até abril para decidir se aceitam a transferência para outros hospitais públicos do estado.
“Estivemos aqui conversando com o subsecretario de Estado da Assistência em Saúde, Fabiano Marily, e ele nos disse que o São Lucas continuaria funcionando. Passamos isso para os funcionários. Acontece que alguns gerentes fizeram uma reunião e nos informaram que tem 30 dias para resolver para onde vai todo mundo, qual o tamanho do São Lucas e o que vai funcionar. Disseram que também não sabem o que fazer e que é o fim do São Lucas. Trouxemos, então, os funcionários até a secretaria para que eles digam por escrito o que vai acontecer”, disse.

“Viemos para o anexo ao HPM aguardar a reforma do São Lucas. Esperamos, confiamos, mas ele ficou pronto e nos continuamos no HPM. Quando se tornou Urgência e Emergência, começamos a perder esperança”, disse uma servidora que preferiu não se identificar. Ela, que trabalha há oito anos no São Lucas, comentou que são feitas reuniões fechadas, mas nada é passado para os trabalhadores. Muitos deles estão desesperados e emocionalmente abalados porque não sabem para onde vão.

Ela frisou que muitos servidores foram dispensados em março, porque o contrato acabou. Os que ficaram fazem 24h de plantão; quatro enfermeiros trabalham em regime de 24 por 36 horas, sem substituição, para atender 60 pacientes. Especialidades como Neurocirurgia, Clínica Médica, Ortopedia, Centro Cirúrgico, Centro de Terapia Intensiva (CTI), Semi Intensivo, Otorrinolaringologista, Oftamologista, Bucomaxilo, além do retorno de pacientes ainda são feitos no anexo do HPM.

Ainda de acordo com ela, os funcionários tem a opção de serem remanejados para trabalhar próximo a suas residências. Mas eles querem voltar a trabalhar no novo Hospital São Lucas, atualmente Hospital de Urgência e Emergência (no Forte São João). “Eu quero voltar para casa. Porque estou na casa dos outros, até hoje, de favor. Saí de lá com a promessa de que voltaria, e é isso que eu quero. Se não for assim, fico aqui e trabalho no infantil. Eu não quero ser pingue-pongue até acabar tudo”, concluiu a servidora.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que mantém o diálogo aberto e permanente com a categoria. Informou também que na manhã desta quarta-feira (22), após reunião com representantes dos servidores da Sesa, que atuam no Hospital Estadual São Lucas, foi esclarecido que, mesmo após a transferência do pronto socorro do Hospital Estadual Infantil de Vitória para Bento Ferreira, os servidores continuarão a atuar neste local. Só será transferido o servidor que solicitar a realocação para outra unidade. Informou ainda que nenhum serviço será fechado.

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