A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (14), um mandado de busca e apreensão a dois acusados de Fake-News (notícias falsas). Uma falsa pesquisa eleitoral era divulgada com o objetivo de influenciar na escolha política dos eleitores capixabas. O cumprimento desses mandados faz parte da Operação Voto Livre, uma parceria das polícias Federal e Civil que visa uma eleição limpa para os capixabas.
As notícias falsas eram disseminadas principalmente via Whatsapp e também por um portal de notícias capixabas que possuía uma coluna politica tendenciosa. Além da pesquisa eleitoral, o site também havia divulgado uma matéria que ficou cerca de 45 a 50 dias no ar, mas já teve o acesso bloqueado.
Um dos acusados é Evandro Figueiredo, que possuía um cargo comissionado na Secretaria Estadual de Esporte e Lazer do Espírito Santo (Sesport). Em depoimento ele confessa a divulgação das notícias principalmente pelo fato de que todas elas eram positivamente tendenciosas ao atual governador Paulo Hartung. O Governo do Estado afirma que não possui qualquer ligação com o fato e repudia quaisquer altitudes como essa feita por servidores.
A superintendente estadual de Comunicação Andreia Lopes afirma que as medidas a serem tomadas com o servidor serão escolhidas apenas após análise com a Polícia Federal. “O governo do Estado apoia esse tipo de investigação da Polícia Federal e apoia esse tipo de investigação. Condenamos qualquer conduta equivocada, errada de servidor público”, relata Andreia.
A operação Voto Livre é a primeira da Polícia Federal em parceria com a Polícia Civil no combate às Fake News relacionadas às eleições deste ano de 2018. O principal ponto desta parceria foi a troca de informações da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado e da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos.
A delegada Claudia Dematté da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, enaltece esse trabalho de parceria. “O objetivo é que a nossa população tenha uma eleição limpa, transparente, justa, seguindo as regras determinadas pelo código eleitoral”, destaca a delegada. Caso condenados, os acusados poderão pegar de seis meses a um ano de prisão, se a pesquisa tiver sido adulterada, ou cinco anos de prisão caso tenha sido inventada, respondendo por falsidade ideológica.
A Polícia Federal solicita à sociedade que auxilie denunciando possíveis notícias falsas que recebam por quaisquer meios, e fiquem atentos pois, as pessoas que compartilham essas informações falsas também podem ser responsabilizadas por esses atos.
“Quando você receber uma pesquisa eleitoral que não tiver uma plausibilidade, obviamente é necessário que se tenha cautela ao se propagar, pois a propagação dessas pesquisas eleitorais que não tem uma base, podem constituir crime”, alerta o delegado Vitor Morais Soares, titular da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado.