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Seminário trata de “Zika vírus e Rio Doce: (IN)visibilidades, silêncios e resistências”

Novembro de 2015, nossa memória visual, emocional, histórica, socioambiental e da saúde sofreu profundo impacto. Somos ‘afetados’ e tragados pelas imagens e sons de buzinas, de gritos e pelo desespero. Muitas vidas sem vida. Era o resultado da avalanche de lama e resíduos que se constituiu na “tragédia-crime” da mineradora Samarco e suas acionistas. Era só o início do sofrimento da bacia do Rio Doce e das populações que o cercam até Regência, no Espírito Santo.

Na mesma época, os casos de Microcefalia aumentam vertiginosamente no país, e em 11 de novembro, temos a “Declaração da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) por alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil.” Uma nova epidemia e um velho conhecido: o mosquito Aedes Aegypti. E milhares de bebês, maioria do Nordeste, nascem com a Síndrome Congênita do Zika Vírus. E os impactos nas vidas das mulheres-mães, das famílias e no SUS, ainda hoje, não foram completamente dimensionados.

Passados três anos, a epidemia de Zika e o desastre socioambiental do Rio Doce, seus impactos sociais, invisibilidades, silêncios e resistências estarão em discussão no II Seminário Capixaba de Comunicação e Saúde (II Secacs), que acontece nos dias 06 e 07 de novembro, em Vitória, no Campus Goiabeiras, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O objetivo do evento é fortalecer e ampliar o diálogo e ações entre a comunidade científica, entidades, comunidades e famílias que tiveram suas vidas afetadas pelas duas emergências. Para isso, o II Secacs será composto de palestras, exibição de documentários, mesas redondas e encontros com a sociedade civil. A conferência de abertura será realizada pelo pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), professor Luís David Castiel.

“A expectativa é que os debates contribuam para que visibilidades se efetivem, vozes rompam os silêncios e que ações em rede reforcem o coletivo e possamos resistir às tentativas de apagamento das memórias, que visa simplesmente eliminar a obrigatoriedade de direito de cidadania e responsabilidade do Estado para com os seus cidadãos”, destaca o coordenador do evento prof. Dr. Adauto Emmerich.

O seminário é organizado pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) e conta com o apoio da Rede Zika – Ciências Sociais e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES).

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