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Semana começa com chuva, sem ônibus e policiamentos nas ruas na Grande Vitória

greve dos rodoviario_sao torquatro_lizandra amario3Pancadas de chuva alteram a rotina dos capixabas. Imagine quando associadas a falta de ônibus. Assim começou a semana dos capixabas na Grande Vitória. Nesta segunda-feira (3) os rodoviários cruzaram os braços e os usuários do transporte coletivo estão enfrentando dificuldades para ir ao trabalho, escola, ou até voltar para casa – quem trabalhou durante a noite. A greve foi definida na última semana e os motoristas e cobradores suspenderam as atividades porque os patrões não aceitaram o percentual de reajuste salarial pedido pela categoria – 4%.

A Polícia Militar se comprometeu a aumentar policiamento nas garagens e terminais, mas não estão sendo vistos pela população. No terminal de São Torquato, em Vila Velha, por volta das 7 horas da manhã a movimentação parecia pequena. Mas era resultado da falta de coletivos nos bairros. Segundo o fiscal da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), no terminal, apenas 30% da frota está circulando.

Uma decisão judicial proferida na tarde de domingo (2), atendendo o pedido de liminar feito pelo GVBus determinou que o sindicato profissional mantenha, em todas as linhas e itinerários, com os respectivos motoristas e cobradores, o mínimo de 70% da frota em circulação nos horários de pico (entre 6h e 9h, e entre 17h e 20h) e 50% nos demais horários, para o atendimento mínimo necessário à comunidade. O que não está acontecendo.

Uma socorrista do Samu, que preferiu não ter o nome divulgado, disse que desde às 6 horas está no terminal de São Torquato e nada de ônibus. Ela só conseguiu embarcar para o Hospital Evangélico, às 7H48m. Ela e as demais enfermeiras que aguardavam na fila tinha que iniciar o plantão às 7 horas.

A comerciante Renata Carlini aguardava a linha 559 por quase duas horas para ir ao trabalho, na Avenida Vitória, na capital. “O meu horário de entrada é as 9 horas, como eu sabia da greve, saí de casa bem mais cedo para tentar chegar no horário, mas o ônibus ainda não saiu do terminal”. A paralisação também está mexendo no trânsito.

Josenete: Estão lutando pelos direitos deles
Josenete: Estão lutando pelos direitos deles

Movimento tem apoio
Mesmo que a greve dos rodoviários  cause transtornos para a população, muitos se mostram favoráveis ao movimento. Nesta manhã, as pessoas que se encontravam nos pontos na Avenida Vitória ou na Avenida Beira Mar, em Vitória, opinaram favoravelmente à greve. O vidraceiro Daniel Reis Santana já esperava seu coletivo há 40 minutos num ponto próximo ao Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), na Avenida Vitória. Mesmo tendo que pegar o Transcol rumo a Itapuã, em Vila Velha, afirmou que seus patrões estavam cientes do atraso, e enxergou o movimento como algo justo. “Enxergo que é algo justo, estão correndo atrás do direito deles. É a única maneira de conquistar a meta que querem atingir. Pra mim é justo. Concordo com a paralisação”, afirmou Daniel.

Já a auxiliar de serviços gerais Josenete Prates dos Santos, que estava em um ponto na saída do bairro Jesus de Nazaré, indo no sentido da Praia do Canto afirmou que existe um pequeno transtorno, mas que valia à pena. Eu acho que cada um tem o seu direito de lutar pelo que eles precisam. Cada um que lute, mas que não prejudicasse tanto ou outros. A gente que precisa… Mas está tranquilo. Tudo aumenta, o salário não aumenta, se não tiver greve não tem nada mesmo. Estão lutando pelos direitos deles”.

Tendo notícias prévias da greve dos Rodoviários, Jean Marques Guimarães Gazolli, 18, que é técnico de suporte, estava esperando seu ônibus antes das 8h, também na Avenida Vitória, próximo à Faesa para a realização de um exame em Jardim da Penha. Ele se antecipou para não chegar atrasado. “Decidi sair cedo por causa da paralisação. É um direito deles protestar. Apoio a paralisação. Acho que vou conseguir chegar no horário”.

Na Avenida Beira Mar, em frente ao Ginásio Jayme dos Santos Neves, o estudante Luis Henrique Pimenta Soares, já aguardava seu ônibus rumo ao Centro de Vitória a mais de meia hora. “Estou aqui desde 7h30, aproximadamente 40 minutos. Acho que os trabalhadores estão no direito deles”.

sec.nylton pmes-Promessa de segurança
Na tarde desta domingo (2), quando os rodoviários realizaram assembléia e confirmaram a greve, o secretário de Segurança do Estado, coronel Nylton Rodrigues, garantiu reforço policial, para cumprimento de determinação da Justiça – para que de 50% a 70% da frota circule -, bem como impedindo movimentos que paralisem garagens e trânsito.

“Já estamos mobilizados desde as 4 da manha desta segunda-feira no gabinete de gerenciamento de crises funcionando, policiais militares a frente de todos os terminais, de todas as garagens, os serviços de inteligência da Polícia Militar, Policia Civil e da própria Secretaria de Segurança monitorando todas as atividades, inclusive gravando imagens. Temos uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho que determina o funcionamento de 70% da frota de ônibus de 6 ás 9 horas e de 17 ás 20 horas, 50% nos demais horários e proíbe bloqueio nas garagens, passeatas, bloqueio de vias e também proíbe a coação daqueles que querem trabalhar. Então as forças policiais possuem a determinação de fazer garantir essa liminar”, destacou o secretário.

O secretário destacou que, com o final do ano, as escolas encerram suas atividades e o comércio fica mais movimentado. Ele apelou para que o Sindirodoviários colabore neste sentido. “É importante motoristas que estamos no final do ano momento importante para nossos estudantes precisam chegar nas escolas para fazer as suas provas para encerrar o ano letivo. Um momento importante para o comercio e estamos ai enfrentando a maior crise econômica no Brasil. É justamente neste período que os nossos comerciantes têm a oportunidade para suas vendas, um momento importante para os pequenos comerciantes. Além disso temos os nossos hospitais, os médicos, os enfermeiros, os técnicos de enfermagem, todos os profissionais da área da saúde precisam chegar aos hospitais”.

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