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Secretário de Segurança afirma que ex-marido mandou matar médica Milena

Foto: FB
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O secretário de Segurança Pública (Sesp-ES), André Garcia, afirmou na tarde desta quinta-feira (21), que o policial civil Hilário Antonio Fiorot Frasson foi o mandante do assassinato da médica Milena Gottardi Frasson, 38, ex-mulher dele. Ele e o pai Esperidião Carlos Frasson, 71 anos, preso na madrugada desta quinta, tramaram o crime. Hermenegildo Palauro Filho acusado de ser também um dos intermediadores está foragido.

“Quem contratou  foi o próprio Hilario junto com o pai, depois contrataram um intermediário”, disse o chefe de Polícia Civil (PCES), Guilherme Daré.

De acordo com Daré, o pai (Esperidião) e filho (Hilário)  encomendaram a morte, contrataram os intermediários, o lavrador Valcir da Silva Dias, 49 e Hermenegildo Palauro Filho (foragido) . O intermediário contratou o pistoleiro Dionathas Alves Vieira. No de depoimento, Dionathas disse que precisava de uma moto para fazer o serviço. Ele pediu a um primo, identificado como Brumo, que roubasse o veículo. O atirador não teria tido contato com os mandantes. Segundo a polícia, o crime foi planejado com aproximadamente 25 dias antes da execução. A médica foi assassinada na última quinta-feira (14).

O policial civil Hilário foi preso na tarde desta quinta (21), enquanto trabalhava, por um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz Marcos Pereira Sanches da 1ª Vara Criminal de Vitória. A prisão temporária é de 30 dias. O policial civil chegou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPM), em Barro Vermelho, Vitória, por volta das 17h30. Ele estava em uma viatura acompanhado de dois delegados da Corregedoria da PCES.

Segundo Garcia, entre os motivos que levaram os dois a encomendarem a morte de Milena foram questões patrimoniais, como o pagamento de pensão para as filhas e divisão de bens. No entanto, os detalhes ainda serão complementados pela DHPM.

O secretário explicou que desde o início das investigações, já na primeira conversa que teve com a equipe policial ficou claro que não se tratava de um latrocínio e, sim, crime de feminicídio. A partir deste momento foi designado a DHPM, que é conduzida pelo delegado Janderson Lube, para investigar o caso. Logo após o crime, a equipe tomou conhecimento que havia a possibilidade de envolvimento de um policial civil (Hilário) e para que ele não tivesse acesso as informações,  foi sugerido a decretação do sigilo. O objetivo era impedir que os suspeitos tivessem acesso as investigações e até atrapalhar o trabalho policial. “Essa foi a intenção com a decretação do sigilo”, disse Garcia.

Para o secretário, “essa história (casos de feminicídios) envergonha cada capixaba. São vítimas diretas da covardia. Pessoas como o caso da doutora Milena, que não solicitou medida protetiva porque não queria prejudicar a carreira do marido”. Frisou ainda que “são vítimas da violência, vitimas da cultura machista, da cultura patriarcal que tem na cabeça desses homens”.

“O sentimento não é de alegria, de jubilo porque tem vítimas. Mas é de sentimento de dever cumprido”, finalizou Garcia

O crime

A médica Milena Gottardi Frasson, 38, foi morta por volta das 19h, da última quinta-feira (14), no estacionamento do Hospital Universitário (Hucam), em Vitória. Uma amiga, também médica, que acompanhava a vítima até o carro, disse que o atirador estava em uma moto quando as abordou. O homem teria simulado um assalto e pedido os celulares, mas em seguida atirou em Milena e sem roubar nada fugiu do local.

Suspeitos apontados nas investigações

Policial civil Hilário Antonio Fiorot Frasson: ex-marido da médica Milena. Apontado como um dos mandantes da morte dela. Preso na tarde desta quinta-feira (21).

Esperidião Carlos Frasson, 71 anos: pai de Hilário. Apontando como mandante do crime junto com o filho. Preso na madrugada desta quinta-feira (21), no município de Fundão e trazido para a DHPP, em Vitória.

Valcir da Silva Dias, 49 anos: intermediário. Ele intermediava o contato e as negociações entre o atirador e os mandantes. O acusado foi preso na manhã desta quinta (21), em Fundão, e trazido para Vitória. Durante à tarde o homem foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.

Hermenegildo Palauro Filho: intermediador. Está foragido.

Dionathas Alves Vieira: pistoleiro. Ele foi preso no sábado (16). Segundo o secretário da Sesp, Garcia, a prisão dele foi também peça chave para a elucidação do caso.

Bruno: Segundo as investigações, ele é primo de Dionathas. Ele roubou a moto que o atirador usou no dia do crime.

Carta: antes de morrer, a médica Milena deixou uma carta registrada em cartório relatando o ambiente hostil em que ela e suas duas filhas viviam em casa, da instabilidade emocional do marido e o receio que tinha de ser morta. (Leia a carta na íntegra). A carta foi registrada em cartório no dia 05 de abril deste ano.

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