A confirmação do primeiro caso de sarampo no Espírito Santo, em 19 anos, além da possibilidade de mais dois casos – sob investigação -, causou alarde na população capixaba. Sobretudo, porque a doença ainda provoca dúvidas sobre os riscos, cuidados, contágio e, principalmente, como evita-la.
A vítima, que já está curada, foi uma jovem de 19 anos, moradora de Cariacica, que esteve em São Paulo entre os dias 14 e 21 de julho, mas adoeceu na volta ao Estado. Em todo Brasil um surto foi identificado no estado paulista, que já registrou mais de 900 casos confirmados tendo vários municípios considerados área de risco.
O sarampo é uma das infecções mais contagiosas, pois é transmitida pela respiração, tosse ou espirro da pessoa doente. Pode ser contraída em qualquer idade e a vacinação é a melhor forma de prevenir a doença. Os principais sintomas são tosse, coriza e conjuntivite.
A doença pode provocar inúmeras complicações, como infecções de ouvido, pneumonia e Panencefalite Esclerosante Subaguda (SSPE) – complicação rara, mas fatal, que pode ocorrer de 7 a 10 anos após uma infecção natural como um tipo de inchaço cerebral que não tem cura. As complicações do sarampo podem deixar sequelas, como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento pode levar à morte de crianças e adultos.
Vacina
A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. O esquema vacinal vigente é de duas doses com componente sarampo para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, sendo uma dose tríplice viral aos 12 meses e uma tetra viral aos 15 meses de idade – até 29 anos o indivíduo deverá ter duas doses. Uma dose da vacina tríplice viral também está indicada para pessoas de 30 a 49 anos de idade.
Se não há comprovação de vacinação nas faixas indicadas, há necessidade de adultos receberem a vacina. Não há risco para a saúde. Se houve vacinação de 12 e 15 meses, não precisa receber outras doses. Mas, se recebeu só uma dose, tem que atualizar, seja na fase adolescente ou adulta. Para quem tem 30 a 49 anos de idade e não tomou nenhuma dose da vacina, deve buscar os postos para receber uma dose única.
