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Samarco registra vazamentos de minério abrasivo entre MG e ES desde 2005

Por Pedro Permuy

vista_a__rea-63480Cinco vazamentos foram registrados pela mineradora desde 2005, e em quatro deles houve notificação de paralisação na captação de água e foram encontrados peixes mortos. O minério de ferro vazou do mineroduto que a empresa construiu há 38 anos, que tem 400 quilômetros de extensão e transporta o material abrasivo de Mariana (MG) até Anchieta (ES).
“Ocorreu sim, houve impacto ambiental sim”. É o que garante o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos (Metabase) de Mariana, Sérgio Alvarenga de Moura, que também é funcionário da Samarco Mineração há 31 anos.
Moura ressalta que a captação de água em alguns pontos, quando ocorreram os vazamentos, precisou ser interrompida como medida preventiva. Ele destaca que por ser abrasivo, o minério de ferro corrói as paredes da tubulação, o que causa o vazamento. O tubo é feito de aço e possui, aproximadamente, um metro de diâmetro e fica no subsolo.
Segundo ele, ao longo das operações a empresa registrou casos de vazamento. “O material transportado é abrasivo e precisam ser feitas inspeções periódicas”, conta. Moura destaca que o monitoramento do mineroduto é feito por meio de satélites, em tempo real.
De acordo com ele, o mineroduto, ao longo do percurso de 400 quilômetros que faz entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, passa por propriedades particulares e que os donos das terras recebem quantias para deixarem livre uma área predeterminada no entorno da tubulação feita de aço. Ao todo, a extensão da estrutura abrange 29 municípios mineiros e capixabas.
A Samarco Mineração não sabe justificar o motivo dos vazamentos, no entanto, explica que assim que são detectados os pontos que estão irregulares, uma equipe é acionada para que a estrutura seja consertada. A mineradora frisa que em todos os episódios em que foram registrados os vazamentos, dispôs de serviço de limpeza do local afetado além do pronto atendimento técnico.
A mineradora destaca que o material é transportado por meio de pressão que é injetada de forma controlada nos pontos em que a gravidade não é suficiente para movimentar a polpa de minério, formada pelas partículas do metal e água. Diz ainda que o conteúdo não é tóxico e não possui registro quanto à mortandade de animais. Desde o dia do acidente considerado a maior catástrofe ambiental do país, no dia 05 de novembro, a Samarco interrompeu a operação da tubulação.

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