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Samarco não acha justo gastar R$ 2 bilhões para recuperar rio Doce

Pedro Permuy – [email protected]

lama_de_minerio_em_colatina-154609Depois de entrar com pedido de suspensão do processo que previa depósito de R$ 2 bilhões para ser destinado ao Plano de Recuperação do rio Doce, a Samarco Mineração S.A garante que é desnecessária a entrega do dinheiro. Para justificar, a empresa prestou contas à Justiça Federal nesta segunda (1°) para indicar que já investiu R$ 2,3 bilhões nos gastos com as garantias que já foram concedidas às cidades afetadas pelo que é considerada a maior tragédia ambiental da história do país e aconteceu há mais de três meses.
No documento, a mineradora também demonstra à Justiça que as tratativa para um acordo relativo à ação civil pública está em curso e que as partes necessitam de mais tempo para a sua conclusão. Além disso, como a empresa diz já ter gasto mais de R$ 2 bilhões com as ações que já executou, não acha necessário que sejam gastos mais R$ 2 bilhões para combate das consequências trazidas pelo rejeito de minério após rompimento de barragem da Samarco.
A mineradora também informa que os municípios nos quais ainda é feita distribuição de água mineral são Galiléia e Tumiritinga, ambos em Minas Gerais. No primeiro, a distribuição termina neste dia 7 de fevereiro, data definida no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acordado com o Ministério Público. Já no segundo, a distribuição segue sem data de encerramento definida. Em ambos os municípios são distribuídos dois litros de água por habitante, de acordo com a Samarco.
Pescadores
A empresa diz que todos aqueles que já fizeram o cadastro e receberam os cartões já podem utilizar o auxílio de subsistência, como é chamado pela Samarco. O valor contempla o pagamento mensal de um salário mínimo para cada família acrescido de 20% do salário mínimo para cada um dos dependentes além de cesta básica no valor de R$ 338,61, em Minas Gerais, e R$357,30, no Espírito Santo.
De acordo com a Samarco, cerca de 2 mil cartões já foram entregues nos dois estados, mas o processo de cadastro ainda não foi finalizado. A conclusão do cadastramento dos impactados na região do rio Doce está prevista para fevereiro deste ano.
A Samarco ressalta que o cartão não tem caráter indenizatório. Segundo a mineradora, trata-se de um auxílio emergencial, visando à subsistência dessas famílias. Outros desdobramentos serão alvo de estudos e reuniões com os ribeirinhos e pescadores. Além disso, a empresa informa que para a definição do valor da cesta básica, a Samarco se respaldou na publicação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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