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Samarco fez pouco para recuperar estragos ambientais, afirma Ibama

abertura_na_barra_sul_da_foz_do_rio_doce_em_regencia__1_-162592Quase um ano depois do maior desastre ambiental do país, a mineradora Samarco fez pouco para recuperar o estrago provocado pelo rompimento da barragem de Fundão e para evitar novos danos ao Rio Doce. A avaliação é da presidente do Ibama, Suely de Araújo.

Segundo o Ibama, quase todas as ações que a Samarco deveria estar fazendo para recuperar o meio ambiente e evitar o agravamento do problema estão atrasadas. Em fiscalização realizada em uma área de cem quilômetros, entre a barragem que se rompeu e a usina hidrelétrica de Candonga, a empresa cumpriu apenas 5% das recomendações.

“Tem locais sem nenhuma intervenção em 71% dos pontos, sem drenagem em 62% e sem trabalho de contenção em 53%. Em 92% dos locais visitados havia problema de erosões em menor ou maior porte”, afirma Suely.

A preocupação é com os rejeitos que ainda estão espalhados. Só na área do complexo das barragens da Samarco tem cerca de 16 milhões de metros cúbicos de lama.

Com a chuva, a usina hidrelétrica de Candonga, que fica no Rio Doce, vai funcionar como depósito da lama que deve ser levada dos rios. Segundo o Ibama, a estrutura pode não ter capacidade para tanto material. Se chover acima da média, existe risco da lama ir parar novamente no Rio Doce e chegar ao mar. “No cenário pessimista, nós trabalhamos com a possibilidade de carreamento de até quatro milhões de rejeitos a mais para o reservatório. No cenário realista, que trabalha com as médias históricas de chuva da região, esse volume seria só de cerca de dois milhões de metros cubicos”, explica a presidente do Ibama.

Mais lama no Rio Doce pode prejudicar novamente o abastecimento em algumas cidades. É que o aumento dos rejeitos dificulta o tratamento da água para o consumo. O Ibama reconhece a demora para resolver o problema e diz que falta experiência para gerenciar o maior desastre ambiental do país.

“Seja a empresa, seja os órgãos governamentais estão aprendedo a gerenciar um desastre desse tamanho. Então é um esforço enorme para evitar problemas de maior monta para que não ocorra mais danos para a população”, conclui Suely de Araújo.

A Samarco recebeu mais de 50 multas e não pagou nenhuma até agora, porque recorreu e os processos estão sendo analisados. Uma outra, aplicada pelo governo de Minas Gerais, de R$ 112 milhões, terá que pagar assim que a empresa for notificada, porque não há mais possibilidade de recursos.

Em reposta sobre o atraso nas obras de recuperação e prevenção de novos danos, a Samarco informou, por nota, que já recuperou 56 afluentes do Rio Doce e 12 áreas com risco de erosão. A Samarco afirma também que está trabalhando 24 horas no reservatório de Candonga, na retirada de lama e contenção de rejeitos. (com informações do G1)

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