Hoje, 23 de maio, é a data em que se comemora o Dia da Colonização do Solo Espírito-santense, pois foi nesta data, no ano de 1535, que Vasco Fernandes Coutinho, donatário da capitania do Espírito Santo, chegou a bordo da caravela Glória, juntamente com cerca de 60 homens, na Prainha, em Vila Velha.
Antigamente esta data era comermorada, celebrada, discutida nas escolas e noutros espaços. Nos dias atuais é esquecida ou quase esquecida.
Nesta mensagem quero me referir, de maneira especial, ao livro que tem o singelo título – Vila Velha. Este livro trata da história, da cultura, das atividades econômicas e das atracões turísticas da cidade que é o berço do Espírito Santo.
Não se trata de uma obra individual. Antônio de Pádua Gurgel teve a ajuda de muitas pessoas na sua produção. Todos que colaboraram no projeto têm seu nome devidamente registrado.
O livro começa com a chegada do donatário Vasco Fernandes Coutinho, em 23 de maio de 1535. A data, no calendário litúrgico, é dedicado à celebração do Espírito Santo, uma das pessoas da Santíssima Trindade. Por este motivo, o território recebeu o nome de Espírito Santo, que veio a ser depois o nome do nosso Estado.
Vasco Fernandes Coutinho vendeu todos os seus bens e comprou a caravela Glória, que atravessou o Oceano e que aportou no lugar denominado Prainha, no território vila-velhense.
Com a morte do donatário e, posteriormente, com a morte de seu filho, assumiu o governo da capitania a nora Luiza Grimaldi, primeira mulher a assumir este posto no Brasil.
Durante muitos anos, fiz o trajeto marítimo em direção da Prainha, não numa caravela, mas em barcos que faziam a travessia Vitória-Vila Velha. Também não se tratava de uma perigosa aventura, como a de nosso Vasco Fernandes Coutinho. A viagem diária pela Baía de Vitória tinha como destino o fórum de Vila Velha, já que, na condição de Juiz de Direito da Capital, respondia por uma vara criminal do município de Vila Velha.
João Baptista Herkenhoff é Juiz de Direito aposentado
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