Professor com mais de 30 anos de experiência em sala de aula, mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Cumprimento dos Planos Nacional (PNE – 2014/2024) e Estadual de Educação (PEE – 2015/2025), o deputado estadual Sergio Majeski (PSB) votou contra o regime de urgência para tramitação do Projeto de Lei (PL) 10/2019, que proíbe a ideologia de gênero no sistema educacional do Estado.
Para o parlamentar o projeto é inconstitucional e não apresenta caminho algum para resolver os graves problemas enfrentados pelos profissionais da educação pública no dia a dia de trabalho.
Na mesma sessão, Majeski dedicou o período da fase das comunicações para falar sobre o Dia do Professor e repercutir a reportagem publicada na imprensa capixaba que apresentou dados sobre os salários dos professores na rede municipal de ensino, mostrando que quase 30 cidades não pagam o piso salarial da categoria, atualmente em R$1.598,59.
“O menor salário pago é em Alto Rio Novo, R$ 906 para o professor de 25 horas, menos que um salário mínimo. Quem melhor paga é Itapemirim, com R$ 2.360; o segundo é Vitória, com R$ 2.099. O salário médio no Estado é algo em torno de R$ 2.200. Isso é vergonhoso!”, disparou.
Majeski informou que apenas o ticket alimentação de membros do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas é R$ 2.200. “O município que melhor paga basicamente o salário é um ticket dos juízes. Onde pode haver valorização da educação dessa forma?”, indagou.
Ele lembrou que os planos de carreiras tanto nos municípios quanto no Estado também são pouco atrativos para o magistério. “Entra ganhando R$ 1.500 e depois de 25, 30 anos talvez chegue a R$ 2 mil. É um plano de carreira vergonhoso. Lembrando que os professores trabalham em salas superlotadas, sem ar-condicionado, sem estrutura. Cansei de visitar escolas onde diretores e professores tiram dinheiro do bolso para comprar material. É assim nas redes municipais e no Estado”, lamentou.
Por fim, o parlamentar recordou que a meta 17 dos planos Nacional e Estadual de Educação indicava que até o quinto ano de vigência deles o salário dos professores deveria ser a média de um profissional com a mesma formação.
“Hoje é metade, quando se fala em salário, o de R$ 1.598 é o de nível médio para professores, não para curso superior. Então ninguém cobre o piso nacional do magistério, que é ridículo, menor que o valor do ticket de um juiz ou conselheiro. Os professores têm pouco o que comemorar”, falou, fazendo alusão ao Dia dos Professores, comemorado neste dia 15 de outubro.
…precisamos de uma reforma urgente, com gente de gabarito profissional,honestos e comprometidos com a causa .
Sem dúvidas,uma nova eleição, um novo presidente, e deputados e senadores,convictos do seu trabalho e devida seriedade .sebastião geraldo
Prezado,
Bom domingo.
Sou de São Sebastião, Alagoas.
No geral, concordo contigo.
No entanto, fico preocupado com o fato de nós sempre falarmos “eles” ou mesmo alguma outra frase que procura tirar a nossa própria responsabilidade sobre a construção de vida digna.
Assim, a eleição, por si só, não resolverá.
Nas duas últimas eleições, a municipal e a nacional-estadual, pesquisei e percebi que professores e professaras, por grande maioria, fizeram campanha e votaram em candidaturas, masculinas e femininas, que não tinham e não têm nenhum histórico de lutas e de concretas ações a favor de sistema de ensino, e até mesmo por nenhuma política pública de respeito à dignidade e aos direitos.
Então, como colher bons frutos se optamos por sementes(candidaturas) ruins? Por terrenos, no melhor das hipóteses, impróprios ao que desejamos construir e ser?
De há muito, entendo que as qualitativas e as quantitativas mudanças só virão quando optarmos pela nossa própria responsabilidade nas ações políticas e também nas ações eleitorais, como nas ações de controle social?
Precisamos trocar o amplo e o incerto “foi eles” por concretos e sinceros “fomos nós; somos nós”.
Já fui professor e sei que muito difícil debater o porquê professores e professoras parecem, por exemplo, não se importarem com a má qualidade e quantidade da merenda, com a falta do transporte escolar, com o próprio salário e mesmo com o tema do momento, a fundamental aposentadoria etc.
É só verificar a quem apoiamos nos momentos políticos e nos momentos eleitorais.
Enfim, felizes Natal e Novo Ano para todos e todas nós.
Caramba! Quanta lucidez! Parabéns! Não que eu estivesse a pensar diferente, mas adicionou-me outros pontos!
Ou vamos ter vergonha na cara ou ficaremos eternamente culpando os que nunca fizeram diferente!
Espetacular sua resposta, parabéns! Eu acrescentaria mais, baseada em quantas horas de estudos reivindicam melhores salários? Com todo respeito, para qualquer profissão se faz necessário horas de estudos para galgar as camadas salariais mais altas.
E isto mesmo tudo começa pela educação , e com professor passando fome não dá nada vai mudar , não é possível nenhuma mudança sem a valorização do professor até o momento os políticos só tiraram , temos que ter políticos sérios mas voltados à educação
Entre outros culpados, temos a legislação trabalhista, que garante uma renda mensal de 1.000, antes do inss, e um custo para as empresas por volta de $2.300. Cadê o resto do dinheiro? Porque não vem no hollerith? Porque chamam de benefício, um dinheiro que o trabalhador jamais verá na vida?
É realmente triste a desvalorizaçao do professor, uma profissão que precisa ser tratada com respeito porque um professor trabalha com muito amor e dedicação.
Nós professores não nos respeitamos,a partir da hora que votamos só por amizade.
Danieleh Coutinho! Solicito pesquisar o salário dos professores do município de Serra, sem a menor dúvida aparecerá em primeiro lugar.
Sou professora a 30 anos, meu salário é de 1900,00. Hj tenho ex alunos que me diz :
” graças a senhora ganho o que ganho e tenho vergonha do meu país que lhe paga um salário tantas vezes menor que o meu…” Fiquei sem palavras, responder o que?!?!
O país é o povo nem ligam para nós professores. Caso contrário não estaria assim. Qualquer prefeito, carpinteiro, frentista de posto ganha mais que a maioria dos professores. Uma pena.
Num país onde a educação é tratada com seriedade e respeito, distorções como a supracitada e outras tantas que beiram estupidez e a insensatez inexistem. Quando aprendermos a eleger legisladores éticos, em vez de oportunistas que legislam em causa própria, os panoramas social, político e governamental irão mudar; a justiça social será não mais utópica, e sim real!
A Coréia do Sul investiu muito na educação e hoje colhe os frutos.
Reflexo de um país muito atrasado! Formado por gestores públicos ainda mais atrasados: incluindo os legislativos. Isto em contexto de pobreza, o que dificulta mudanças e facilita a manutenção do status quo.
São 519 anos de atraso no investimento de qualidade na educação brasileira.Até quando? Temos que buscar a qualidade na Europa, Japão, Estados Unidos e Canadá.
Triste realidade, aposentadoria com salário que não são dignos com nossa realidade…passa anos e anos, idade vai ficando mais avançada, gasto maiores, problemas de saúde mais frequentes… temos que nos virar com nosso salário…triste, mas real…enquanto nossos ilustres políticos, esbanja mordomias que não são dignas, enfim…vivemos no equilíbrio, sem mordomias…apenas dando conta de pagar nossas necessidades básicas…sempre na esperar por melhoras…
Considero uma proposital vontade de não melhorar as condições salariais brasileiras, por parte dos que têm isso como atribuição de trabalho.
Não há porque fazer muitos comentários. As diferenças salariais são gritantes.
Temos que investir em qualidade de produção na indústria com tecnologia de ponta.A Educação é o segredo da evolução de uma nação.Educação de qualidade e produtividade.
Triste e saber também que a maioria dos pais, mães e sociedade não tiveram educação para hoje entender o que está acontecendo, é que a perversidade política chega a tal ponto a prejudicar uma geração inteira. E na ignorância de não entender ou não querer entenentender jovens se formam para se professor não se juntam aos professores que hoje sofrem, não estão se dando conta de que amanhã tão pouco restará para nós. Meus de que tudo isso seja revisto força o meu apoio a luta porque entendo que minha, dos meus filhos. É triste tudo o que está acontecendo.
Quando os salários dos professores forem iguais aos dos juízes e conselheiros, estaremos falando em Democracia de verdade.
O saudoso Leonel de Moura Brizola, sempre dizia que modelo de país era a Austrália, onde o empresário jogava golfe com o profissional que recolhia o lixo da cidade.Sem preconceitos.
Fui professor na Suécia, além do ótimo salário que me pagavam tinha status social. Era reconhecido como servidor!!! Quando voltei para o Brasil me decepcionei , todos os meus planos de passar o meu conhecimento foram por água abaixo, pois não conseguia manter minha família para o básico!
Fui ser vendedor e depois confeccionista de roupas! Lamentavelmente, a distribuição de ingressos e muita injusta !!!
Talvez a solução pra tanta vergonha e insensatez seja pedir para os portugueses nos descobrirem de novo quem sabe eles aceitem a deportação desses POLÍTICOS VAGABUNDOS pra PORTUGAL não custa tentar né
Os benefícios dos servidores públicos deveriam ser iguais pra todos, pois a única diferença deveria ser o salário do cargo, ou seja, se um juiz recebe R$2200 de vale alimentação, um professor e não importa se é municipal, estadual ou federal deveria receber também R$2200 de vale alimentação assim não teria mais essa diferença.
Já viu quanto custa de estudos para ser juiz?
Quantos anos?
Pedagogia 2 anos e faz quem quer!
É por essas e por outras que eu simplesmente sou impacaz de entender como que um professor/professora consegue “defender” quem permaneceu no poder por tanto tempo, travestido de defensor dos mais pobres, embandeirado como responsável por uma “Pátria Educadora”, mas que na prática só fez crescer os abismos. Ilógico!