O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), divulgou nota na manhã desta terça-feira (26), a respeito da greve dos rodoviários.
De acordo com o GVBus, a determinação de que 70% dos ônibus circulem nos horários de pico e 50% nos demais horários (entre picos) durante a greve não está sendo cumprida pela categoria. Ainda segundo a nota, “em todas as garagens do Sistema Transcol, representantes do Sindirodoviários tentaram barrar a saída do quantitativo legal da frota”.
A greve teve início à zero hora desta terça, e segue por tempo indeterminado. Além das afirmações do GVBus, leitores de ES Hoje relatam que a circulação das linhas dentro dos bairros não ocorre normalmente.
Por meio de sua assessoria, o Sindirodoviários informou a nota emitida pelo GVBus “é maldosa, já que as informações contidas nela não procedem. A determinação da justiça está sendo cumprida com 70% da frota operando em horários de pico e 50% fora desses horários. Diretores do Sindirodoviários estão nas garagens para garantir e fiscalizar a saída dos veículos, de acordo com.a quantidade determinada pela justiça”.
Ainda segundo o sindicato, a greve é motivada por desacordo no reajuste salarial. Os trabalhadores pedem cerca de 7% e os empresários oferecem 2%. Até o momento, não há negociação prevista entre trabalhadores e empresários.
Veja a nota do GVBus na íntegra:
“Apesar da determinação da justiça de que 70% dos ônibus circulem nos horários de pico e 50% nos demais horários (entre picos) durante a greve, no início da manhã, em todas as garagens do Sistema Transcol, representantes do Sindirodoviários tentaram barrar a saída do quantitativo legal da frota. Mais uma vez, fica clara a posição irresponsável dos dirigentes do sindicato, que demonstram insensibilidade com a população, que volta de um feriado para trabalhar.
A Ceturb-GV elaborou um plano de operação mínima de frota para readaptação dos horários de acordo com o número de veículos estipulado pela liminar, com o objetivo de operar em todos os bairros e terminais, e assim, atender o maior número de usuários possível. Porém, essa programação não está sendo cumprida pelo Sindirodoviários. Mais uma vez lamentamos a posição intransigente do sindicato dos trabalhadores, que está ciente da atual situação do setor de transportes coletivos urbanos, mas insiste em requerer um ganho real absurdo, acima da inflação. Posição contrária à de outras categorias, tanto estaduais, a exemplo da Fecomércio, que acertou aumento de 2%, quanto nacionais, como os rodoviários da região Metropolitana de Belo Horizonte, que também aceitaram o mesmo percentual.
Reiteramos que as empresas da Grande Vitória não têm condições de arcar com qualquer reajuste além de 1,83%, índice de inflação com base no INPC. Por fim, não vemos mais necessidade de realização de uma greve, uma vez que o processo de decisão a respeito do ajuste já está nas mãos do Tribunal Regional do Trabalho, que irá julgar o discídio coletivo”.
