Um protesto, realizado na manhã desta terça-feira (17), no Terminal de Campo Grande, impediu a circulação de ônibus, que operam no sistema Transcol.
De acordo com passageiros que estavam no local, dentre as linhas mais afetadas está a 515, que liga o terminal de Cariacica ao Terminal de Laranjeiras, na Serra.
“O protesto paralisou dez ônibus da empresa Santa Zita, que insiste em adotar a jornada reduzida, o que não foi alvo de negociação, nem alvo de decisão judicial. Com a jornada reduzida, a jornada de 7h20, cai para quatro ou cinco horas, porque a empresa não quer pagar hora extra”, alegou o presidente do Sindiroviários, Edson Bastos.
Novas paralisações?
Leitores de ESHOJE entraram em contato com a redação informando que teriam recebido mensagens com a informação de que novos protestos poderiam ocorrer, ainda nesta terça, a partir do meio dia. O presidente do Sindiroviários, no entanto, alega que tais mensagens se tratam de boato, e que não há nenhuma ação programada pelo sindicato.
A empresa Santa Zita foi procurada pela reportagem de ESHOJE, e informou apenas que quem deveria se manifestar sobre o assunto seria o GVBus, sindicato que representa as empresas de transporte metropolitano da Grande Vitória. O GVBus, por sua vez, informou em nota que veículos da empresa Nova Transportes também foram afetados, e “as duas operadoras informaram que, com base no artigos 58A da CLT, contrataram 5 duplas de funcionários (motorista e cobrador) para atuarem em jornada de trabalho reduzida, conforme previsto na lei. Essa jornada reduzida compreende 5 horas diárias (30 horas semanais), com salário e tíquete refeição proporcionais às horas trabalhadas, ao invés de 7 horas e 20 minutos (44 horas semanais), que normalmente é realizada pelos funcionários do Sistema Transcol”.
O GVBus disse ainda que lamenta o fato e que “o movimento aconteceu sem nenhum aviso prévio, para que fosse feito um plano de atendimento à população e para que essa se preparasse. Diante do disso, as empresas vão tomar as medidas cabíveis junto às esferas judiciais, inclusive com o registro de um boletim de ocorrência”.
Já a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-ES) disse que vai notificar os consórcios operadores para que informem a causa da paralisação do Sistema Transcol no Terminal Campo Grande. “O usuário não pode ser prejudicado em hipótese alguma”, ressalta o diretor-presidente da Ceturb-ES, Alex Mariano. A Companhia também vai notificar o Ministério Público Estadual para garantir o direito de ir e vir da população. Os consórcios também já foram notificados sobre os horários que deixaram de ser cumpridos.