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Reunião define recomendações para combate à falta de água no Espírito Santo

Pedro Permuy – [email protected]

regiao_rio_doce__25__fred_loureiro_jpg-149117Os 78 municípios do Espírito Santo já sofrem com os efeitos da falta de chuva e crise de abastecimento de água. Para Hélio de Castro, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Jucu, a população precisa ter novo comportamento para que serviços industriais e rurais não sejam afetados.
Castro explica que precisa ser planejado o racionamento da água disponível. O presidente afirma que precisa ser levantado o volume que pode ser usado, dando prioridade para o abastecimento da população e depois ser racionado entre cultivo de alimentos e criação de gado além de atividades de setores do meio urbano.
agua_min_abb-149883O presidente destaca o fato de que a escassez de água pode acabar prejudicando o que ainda resta dela. Por exemplo, no Rio Jucu, responsável por abastecer o município de Vila Velha, a água que ainda pode ser captada do local está com altos níveis de sais, e por conta disso não pode ser consumida.
“Não se tem a confirmação de que é o nível mais baixo da história, mas o Jucu já está abaixo do que é considerado crítico nas estatísticas”, garante o presidente. Ele diz que desde esta quarta-feira (21) o volume do rio está aproximadamente em 5000 m3/seg.
A tese de Castro foi reforçada pelo que declarou o diretor técnico do IDAF, Ezron Leite Thompson, que garante que, mesmo com níveis de chuva normais, essas ações contra o desperdício de água precisam ser executadas.
O diretor frisa que a crise de água pela qual o Estado passa só vai acabar com uma série de recuperações florestais que precisam ser feitas, tais como reflorestamento das encostas dos rios, limpeza e recuperação das nascentes e processo de tratamento nos córregos que sofreram erosão.
Na manhã desta quinta-feira (22), representantes de concessionárias e órgãos fiscalizadores do Estado se reuniram na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA) para propor medidas que visam amenizar o reflexo da crise hídrica no Estado. Ficaram definidas recomendações para que os municípios, com o apoio de órgãos responsáveis, consigam driblar os prejuízos que a falta de água acarreta.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Jucu, Hélio de Castro, garante que a reunião teve foco principal em fomentar a participação integrada, além de definir o que será feito por cada entidade, por parte de órgãos como Cesan, Instituto de Defesa da Agropecuária e Florestal do ES (IDAF) e Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) junto aos planos de ação em municípios, sobretudo no interior do Espírito Santo, para amenizar os efeitos da escassez de água.
Gestão e desperdício
Para Hélio de Castro, o problema não começou ontem e não será resolvido amanhã. Ele conta que falta de execução de projetos em gestões anteriores constituem um fator que ajuda para o cenário atual.
O presidente garante que, além disso, a estrutura pela qual é feita a distribuição da água é grande responsável por desperdício e, consequentemente, pela falta do recurso. “No total, cerca de 40% da água tratada colocada para distribuição é perdida por contaminação, por vazamentos e tubulações irregulares”, diz.

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