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Reta final do ano letivo: como ajudar crianças com déficit de atenção a alcançarem resultados positivos

O término do ano letivo se aproxima, trazendo para muitos pais angústia e preocupação com o fato de seus filhos não estarem indo bem na escola. Diante do baixo rendimento escolar, tanto pais quanto os professores se perguntam se estão diante de um quadro de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Esse transtorno, muito complexo, pode afetar o desempenho de uma criança na escola e também nas relações interpessoais. Os sintomas de TDAH são difíceis de serem percebidos, mas existem algumas formas para identificar a presença do distúrbio e pais e professores podem contribuir com o desenvolvimento do aluno.

Segundo o neurologista infantil Thiago Gusmão, a desatenção, associada ou não com a hiperatividade, é uma das principais queixas dos pais com filhos em idade escolar. “A falta de uma rotina de estudos e a ausência do diálogo diário dos pais com a criança ou adolescentes associados a um estilo de vida com múltiplos entretenimentos como tevê, computador, telefone, tablets e jogos, formam a base dos principais indicadores para o prejuízo escolar da criança atualmente”.

Para reverter o quadro e evitar uma reprovação ao final do ano letivo, é preciso adotar um tratamento adequado, que envolve acompanhamento multidisciplinar com fonoaudiólogo, psicólogo, neurologista e terapeuta; estabelecimento de rotina com horários para estudo definido; e reforço escolar nas áreas que a criança apresentar mais dificuldades. Outro ponto importante é o diálogo e acompanhamento de perto dos pais, tanto para apoiar o desenvolvimento quanto para cobrar o cumprimento da rotina.

“Conversar com a criança diariamente, demonstrar interesse pelo seu dia a dia e supervisionar sua rotina de estudos ajudam a melhorar o seu desempenho. Também é importante fazer o acompanhamento escolar com os professores, a fim de saber como está a evolução da criança, e saber exaltar acertos e conversar sobre os erros para que se tornem menos reincidentes. O tratamento da desatenção com remédios só deve ser feito quando chega a um nível muito alto e a queda no desempenho escolar é muito acentuada. A criança precisa ter prazer em estudar e não fazer por obrigação”, pontua.

Na escola, o professor pode identificar alguns sinais da TDAH, como a dificuldade de atenção e a evolução inferior da criança perante a turma, sempre mantendo os pais informados. Já na sala de aula, os educadores devem avaliar os progressos e as dificuldades da criança e manter os pais informados sobre o comportamento do filho.

 “Ao ter o diagnóstico, a escola contribuiu com o tratamento por meio de algumas iniciativas simples como colocar o aluno mais perto do professor, aumentar o tempo para realizar provas e passar atividades mais objetivas. Também pode oferecer aulas de reforço. As indicações irão depender do grau de desatenção da criança e da sua evolução com o início do tratamento e da mudança de rotina”, finaliza Thiago Gusmão.

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