Após um processo eleitoral em 2º turno nos quatro principais municípios da Grande Vitória (Vitória, Cariacica, Serra e Vila Velha), a população dá sua opinião sobre o resultado. Ao todo 1.113.027 eleitores foram às urnas no último domingo (30), em uma eleição marcada pelo alto número de abstenções em votos nulos e brancos (329.160).O servidor público Samildi Ferreira é eleitor da Serra. Ele considerou positiva a reeleição do candidato Audifax Barcelos (Rede) com 112.344 votos (51,21%), contra 107. 050 votos (48,79%) de Sergio Vidigal (PDT). “Todas as prefeituras passaram por crise. Acho que o Audifax vai dar continuidade ao que já vinha fazendo”.
Micael Alves também é eleitor do município, e para ele, a reeleição pode melhorar o local. “Remédios que, por exemplo, antes não tinham, hoje tem. Acho que a Serra tem a ganhar”. Ele também relacionou o fato ao momento atual, em que pelo menos 13 instituições de ensino estão ocupadas por alunos conta a PEC 241. “Acho que a ocupação é justa e o Audifax pode mostrar apoio, que está ao lado dos estudantes e fazer algo para ajudar”.
Em Vila Velha, Max Filho (PSDB) foi reeleito com o apoio de 119.872 eleitores. (58,91%). Ele derrotou Neucimar Fraga (PSD), que também já foi prefeito e obteve 83.622 eleitores. Para o estudante Breno Alves, o resultado foi positivo. “Antes acontecia boca de urna e nos éramos coagidos a votar. Nessa eleição isso não aconteceu. Além disso, Max prestou uma assistência maior e a saúde cresceu, enquanto as outras gestões mantiveram o que já estava”.
Para o professor Marcos José Varejão, a eleição canela verde foi polarizada. “Pelo percentual na casa dos 50%, o candidato eleito tem que procurar todas as instâncias. A gestão precisa ser integrada e os prefeitos trabalharem juntos”.
Para o professor Messias Machado, apesar das circunstancias, o resultado foi positivo em Vitória, que reelegeu por uma diferença de 4.424 votos o prefeito Luciano Rezende (PPS) com 95.458 votos (51,19%), contra 91.034 do candidato Amaro Neto (SD). “Nessa nova gestão, algumas coisas precisam ser revistas. Principalmente a educação. Não foi uma vitória folgada, e ele pode se redimir.”
Já outro eleitor da capital, que preferiu não se identificar, afirma que não vota há pelo menos 30 anos. “Eu votaria se o sistema político fosse mais racional. A manifestação das pessoas começou na quantidade de abstenção de votos. A capacidade de discernir o que é o sistema político precisa mudar, o voto precisa deixar de ser obrigatório e a eleição se tornar linear”
Na disputa pela prefeitura de Cariacica, Juninho (PPS) obteve 91.631 votos (52,51%) e foi reeleito. Já Marcelo Santos (PMDB) fez 82.856 votos (47,49%). Um eleitor do município, que não quis se identificar, não se mostrou entusiasmado com o resultado. “Ganhou o menos pior”, afirmou.
