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Repórter flagra ação truculenta e é detido pela Polícia Militar

Ter assistido uma abordagem que julgava ser truculenta e filmado, foi o suficiente para o repórter do Jornal Metro Vitória ter sido preso na manhã desta segunda-feira (10). Até às 17H30m desta segunda ele continuava no DPJ de Vitória, onde ficou algemado por mais de cinco horas até ser levado para uma sala de custódia.

Vinícius Arruda seguia de carro para uma coletiva de imprensa quando flagrou dois policiais militares fazendo uma abordagem a dois homens suspeitos de assediar uma mulher. Ele parou para filmar e os policiais pediram a identificação do jornalista.

Segundo testemunhas, Vinícius entregou seu crachá e documento oficial de identificação, quando foi informado que seria conduzido à delegacia como testemunha e que o celular estava sendo apreendido como prova.

Na delegacia, após a chegada do advogado, Aloísio Faria, eles foram informados que Vinícius estava detido sob acusação de desobediência. Segundo o advogado Rodrigo Horta, que representa o jornal Metro, não há indício de ilegalidade na conduta do repórter. “A diligência está em curso, mas foi declarado que ele foi preso por estar filmando uma abordagem policial. Além do jornalista gravar, ele externou sua surpresa de ver a forma como a abordagem era feita e, por isso, ele foi preso. Um ato de extrema agressividade e violência”, disse Horta.

O advogado disse ainda que filmar em via pública não é crime. “Abordagem foi em via pública e, em via pública, todos podem ser filmados. O que não pode filmar é dentro da casa das pessoas”, acrescentou. Por meio de nota o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo (Sindijornalistas) classificou a prisão como “atentado à liberdade de imprensa”. Veja a nota na íntegra:

SINDICATO E FEDERAÇÃO DOS JORNALISTAS EMITEM NOTA DE REPÚDIO

Sindijornalistas e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam veementemente a ação da PM do ES em prender um repórter do jornal Metro que flagrou uma ação violenta de policiais durante abordagem ocorrida nesta segunda-feira. O Sindijornalistas e a Fenaj estão perplexos com mais uma atitude intimidatória de agentes públicos do Estado que nada mais são do que um atentado à Liberdade de Imprensa e ao direito do profissional exercer sua profissão. Além do mais, destacam a falta de compromisso do secretário de Segurança Pública, André Garcia, que em reunião com a direção do Sindicato dos Jornalistas afirmou categoricamente, em 2013, que sempre respeitaria jornalistas que se identificassem ao filmar qualquer ação policial em vias públicas, como foi o caso.

Esperamos que o governo do Estado reveja esta posição autoritária e descabida das forças de segurança do Espírito Santo, que, ao invés de investir contra trabalhadores, garanta a segurança para todos os capixabas.

O Espírito Santo continua ocupando altas posições no ranking de homicídios e assaltos ocorridos no país, bem como, há 10 anos está entre os primeiros lugares em violência.

O Sindijornalistas está acompanhando o caso e denunciará mais esta violação à liberdade de imprensa no ES aos organismos institucionais competentes.

Também é nota o Governo do Estado do Espírito Santo afirmou que repudia qualquer tipo de ação intimidatória. Veja a nota: “O Governo do Estado repudia qualquer ação intimidatória contra jornalistas no exercício da função, preza pela liberdade de expressão e reconhece o trabalho dos jornalistas como essencial na construção da democracia. A Polícia Civil está acompanhando o caso, a Secretaria de Estado de Comunicação também. Ambos estão em diálogo com o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo e o jornalista Viniciu para que os fatos sejam apurados”.

 

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Comentários
  1. Perguntem à vítima que foi abordada pelos que foram detidos se eles foram truculentos com ela. Notícia tem de ser completa, não parcial.

  2. Mídia brasileira. Sendo ela como sempre. Manipulando informação e mostrando somente o que convém. Uma questão simples não levantada. Quem é jornalista para dizer sobre ação policial ser truculenta ou não? Será que ele é algum especialista? E a “agressão” sofrida pelos abordados. Não há queixas dos mesmos como é relatado pelos jornais.

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