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Remédio de diabetes pode ser arma contra câncer de mama

Um medicamento utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 – doença associada à obesidade abdominal – pode ser uma nova arma no combate ao câncer de mama. Trata-se da metformina, substância que controla a produção e a absorção de glicose e de triglicerídeos no organismo, além de regularizar o nível de insulina.

Segundo a médica Kítia Perciano, do Núcleo Especializado em Oncologia (Neon), a dieta rica em carboidratos e gordura leva ao aumento da insulina, hormônio que promove a entrada de glicose nas células e que também desempenha papel importante no metabolismo de lipídeos e proteínas.

“O corpo vai produzindo cada vez mais insulina, mas o hormônio não atua da forma ideal. O excesso da substância interfere na multiplicação celular, o que estimula as vias de origem do câncer. Como a metformina melhora o funcionamento da insulina, poderia inibir o surgimento de tumores. Estudos estão sendo realizados para saber se usar o medicamento em quem tem câncer de mama e não tem diabetes aumentaria a taxa de cura da doença”, explicou a oncologista.

A novidade será um dos temas da oitava edição da Jornada Neon do Clube da Mama, evento que reunirá especialistas para debater sobre tratamentos e formas de prevenção do câncer de mama e ginecológico, de sexta-feira a domingo (15 a 17), no Hotel Fazenda Flamboyant, em Guarapari.

Obesidade

Em sua apresentação, Kítia também vai mostrar que a síndrome metabólica – associação de diversos problemas que podem provocar doenças cardíacas, derrame cerebral e diabetes – eleva o risco de câncer de mama e de mortalidade das pacientes diagnosticadas com o tumor.

“O aumento da gordura corporal diminui a proteína que se liga ao estrogênio, elevando a concentração desse hormônio sexual. Isso estimula as células dos ductos mamários e pode levar ao surgimento de tumores”, disse.

A médica destacou que o Neon, que já oferece orientação para a manutenção do peso dos pacientes e para estimular a prática de atividades físicas, estuda a criação de um serviço de acompanhamento a longo prazo com o objetivo de ajudar as mulheres que já passaram pelo tratamento contra o câncer de mama a manter o novo estilo de vida adotado após o diagnóstico da doença.

“A ideia é fazer um monitoramento por meio de correspondências e contato telefônico. Essa medida já foi adotada nos Estados Unidos e surtiu efeito bem positivo”, afirmou Kítia.

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