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Região da Grande Vitória entre as 50 mais perigosas do mundo

Leone Oliveira – [email protected]

Um estudo da ONG mexicana Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública y la Justicia Penal colocou a região da Grande Vitória no 14º lugar entre as 50 cidades mais perigosas do mundo. O Brasil domina essa lista com 16 localidades. O estudo leva em consideração dados coletados com instituições oficiais no ano de 2013 e foi divulgado no ano passado.
O levantamento analisa cidades com mais de 300 mil habitantes e é observada a taxa de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. O estudo leva em consideração os homicídios registrados por fontes oficiais e não inclui as tentativas de homicídio.
Embora o Brasil seja maioria nesse ranking, é uma cidade hondurenha que encabeça a relação. Pelo terceiro ano consecutivo, San Pedro Sula aparece na primeira colocação com uma taxa de 187 assassinatos para cada grupo de 100 mil pessoas.
Das 50 cidades que aparecem na lista, 43 delas estão localizadas na América Latina, as exceções são Cape Town, Nelson Mandela Bay e Durban (África do Sul), além de Detroit, New Orleans, Baltimore e Saint Louis (Estados Unidos).
Dentro do ranking, a Grande Vitória aparece na 14ª colocação com uma taxa de 57,39 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. De acordo com o dado coletado pela ONG mexicana, foram registrados 1.066 assassinatos na região em 2013.
A cidade brasileira que apresenta a maior taxa de homicídios a cada grupo de 100 mil habitantes é Maceió, capital de Alagoas (79,76), o que a deixou na quinta colocação.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que não vai comentar a pesquisa, mas comunicou que o Espírito Santo está no sexto ano consecutivo de redução de homicídios, com taxa de 39,4 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.
Leis precisam ser intimativas, diz especialista
Para o especialista em Segurança Pública e Privada, Jorge Lordello, a aparição de 16 cidades brasileiras entre as mais perigosas do mundo é causada por uma legislação que não possui caráter intimativo a quem comete o crime.
Na opinião dele, a quantidade de cidades brasileiras seria ainda maior se a lista levasse em consideração a quantidade de assaltos e roubos. “Nós não temos no país um sistema jurídico capaz de promover receio a pessoa que comete crime”, destaca ele. Lordello ressalta que quando o crime é esclarecido o autor tem a chance de responder em liberdade. “Isso gera sensação de impunidade”, afirma.
O especialista frisa que em países com pequenas taxas de assassinatos, as penas são mais rígidas com a possibilidade de pena de morte ou prisão perpetua.
De acordo com ele, o Brasil registrou cerca de 57 mil assassinatos no ano passado – o dado não inclui tentativas de homicídio e mortes nos dias seguintes a internação no hospital. A taxa é de 25 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto que no Japão e na Europa é menor do que um e nos Estados Unidos é de quatro. “Estamos na contramão”, avalia ele.

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