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Recusa familiar para doação de órgãos cai mais de 20% no ES

doação orgãoO Espírito Santo registrou redução do número de recusas familiares para doação de órgãos no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017. De janeiro a junho deste ano, familiares de 15 dos 35 pacientes aptos para doação não autorizaram a captação dos órgãos, o que representou 42,85% de negativa familiar.

No mesmo período do ano passado, dos 67 pacientes com morte encefálica que apresentaram condições clínicas para doação, 44, ou seja, 65%, não puderam ter seus órgãos captados porque a família não autorizou.

Proporcionalmente, o “sim” das famílias também fez melhorar a efetividade da doação de órgãos. De janeiro a junho de 2018, dos 81 casos notificados à Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde para diagnóstico de morte encefálica, 35 apresentaram condições clínicas para doação. Desses, 20 tiveram autorização da família para captação dos órgãos, ou seja, 24,69%. Já no ano passado, no mesmo período, de um universo de 115 casos notificados, 67 estavam aptos para doação. Desses, 23, isto é, 20%, tiveram autorização da família e os órgãos foram captados.

Na avaliação da coordenadora da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Maria Machado, a diminuição da recusa familiar é discreta, mas deve ser comemorada porque mostra que mais pessoas estão conscientes da importância da doação de órgãos e sensíveis à necessidade do próximo. Por outro lado, o número de famílias que autorizam também é pequeno.

“Se tivéssemos conseguido a autorização das 35 famílias dos 35 doadores de 2018, em vez de só dos 20, imagine quantas pessoas mais poderiam ter sido salvas ou ter tido sua qualidade de vida melhorada. Hoje, 1.082 pessoas no estado estão à espera de um órgão, e a realização do transplante depende de um ‘Sim’”, ressaltou a coordenadora da Central de Transplantes.

Segundo Maria Machado, é por esse motivo que as pessoas que já se conscientizaram da importância da doação de órgãos devem conversar com a família e se declararem doadoras, pois os membros do núcleo familiar são os únicos que poderão autorizar a doação quando a pessoa morrer. “Se estiver claro para a família esse desejo, será muito mais tranquilo para os familiares tomarem a decisão”, comentou.

O número total de transplantes no Espírito Santo caiu 3,4% no primeiro semestre de 2018 com relação ao mesmo período de 2017. O número de transplantes de coração, no entanto, surpreendeu, aumentando de 5 para 7. Também chama atenção o aumento de transplantes de esclera, que havia reduzido 50% no primeiro semestre de 2016 para 2017, mas em 2018 aumentou 83,33%, e o aumento de transplantes de fígado, que cresceu 10% de janeiro a junho de 2016 para 2017 e, em 2018, subiu 36,3% se comparado ao ano anterior.

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