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Rebelião na Unip I termina sem feridos em Cariacica

Laureen Bessa – [email protected]

A rebelião realizada pelos adolescentes internos do bloco I da Unidade de Internação Provisória I, em Cariacica, terminou e sem registros de feridos. Os internos aproveitaram o momento da entrega da alimentação e rederam um agente socioeducativo. Eles utilizaram chuchos – material artesanal perfurante –, além de pedras e vergalhões para tomarem todo o bloco. Após a chegada da Polícia Militar (PMES), eles se renderam.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo do Estado (Sinases), Bruno Menelli, a rebelião começou por volta das 12h20 e terminou às 13h40, com a chegada da viatura e motos da PM. Cerca de 30 adolescentes internos estavam no local. “Fizeram um agente de refém. Quebram o bloco todo por dentro, quebraram os alojamentos, destruíram tudo. Não sei para onde vão, possivelmente aquilo vai ser limpo e eles vão fica no mesmo lugar. Se não tiver uma mudança imediata o sistema está a ponto de explodir”, afirmou.
Além disso, Menelli destacou que a categoria está vulnerável ao trabalhar nas unidades socioeducativas, já que estão sem condições de trabalho, pois não possuem quantitativo suficiente de servidores, não tem equipamentos de segurança. “Estamos sem condição nenhuma de fazer o trabalho socioeducativo no local”.
O presidente do Sinases revelou ainda que as contratações realizadas pelo Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases) servem apenas para suprir o efetivo que tem seus contratos encerrados. “O Iases fala que não pode fazer muita coisa, que contratam agentes, mas quando chegam é para suprir os contratos que já foram finalizados. Temos também muitas rescisões, porque não aguentam, todo mês, entre dois a três agentes pedem para sair, está insustentável”, declarou Menelli.
Atualmente a Unip I está com 90 adolescentes internos, sendo que a capacidade máxima é de apenas 60. Inclusive, esse é um dos pontos que causam revolta nos internos da instituição socioeducativa. De acordo com Menelli, os agentes informaram que eles cobravam o fim da superlotação, o cumprimento da jornada pedagógica – escolarização, atividades recreativas e cursos – e, que fossem feitas melhorias nos blocos.
Cerca de 20 agentes estavam no plantão no momento da rebelião. Menelli lembrou que está previsto para a próxima terça (11), uma Assembleia entre a categoria, que irá decidir as pautas de negociações e possíveis medidas que serão adotadas mais à frente.

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