A Prefeitura de Vitória cumpriu uma ordem de despejo na tarde desta quinta-feira (20) nos quiosque 5 da Praia de Camburi, por falta de pagamento. Segundo os fiscais, o documento existe desde junho, mas o responsável se negava a sair. E, por isso, ele estavam lá novamente para retirar cadeiras e mesas e posteriormente licitar os locais.
O responsável pelo quiosque é o empresário Bruno Freire, que trabalha no local há seis anos e disse que só sairia com uma liminar judicial. Segundo ele, os espaços não estão em condições de serem licitados novamente. “Farei o que sempre fiz: continuar trabalhando na praia e tentando trazer o melhor para a orla de Vitória. Porque sem a gente aqui todos os quiosques já foram abandonados e hoje são casas de mendigos e usuários de drogas. Todos foram depredados por dentro e por fora. Levaram cobre, fio, banheiro, quebraram todas as pias”.
O empresário disse que já foram pagos mais de meio milhão de reais em aluguel e que desconhece a informação da ordem para sair desde o mês de junho. “O que estamos vendo é uma barbaridade. Querem nos tirar na pressão, trazendo a polícia. Não é possível no município de Vitória, após termos pagos R$ 10 mil durante quatro anos, eles baixarem o valor para R$ 2.500 e querer nos tirar. Não é assim. Precisam nos chamar para conversar. E a verba não foi passada para o Secretaria do Patrimônio da União (SPU), porque metade era deles e a outra da prefeitura. Já entramos na justiça e queremos que a coisa seja resolvida da melhor maneira possível. Já aconteceu com outros quiosques mas por eles não terem movimento, cederam”.
Além do módulo de número 5, o 1 e o 4 também serão esvaziados e usados pela administração até março. ESHOJE obteve informações que os três quiosques funcionarão com gastronomia de boteco de dezembro a fevereiro, na temporada de verão. No mesmo período a prefeitura de Vitória programação arena esportiva e cultural para a Praia de Camburi.
Por meio de nota a PMV informou que o Quiosque 5 encontra-se ocupado de forma irregular, uma vez que o contrato acabou em julho de 2017. “O município tem o dever legal de providenciar a reintegração de bens imóveis ocupados de forma irregular”, informou.
