Uma nova moda que promete agitar o Carnaval já é motivo de preocupação para médicos oftalmologistas: os cílios de LED. A novidade tem dado o que falar, mas médicos de todo o País alertam para riscos.
Apesar de ser anunciado como ‘cílio’, o produto é uma fita de LED desenvolvida para ser colada nas pálpebras dos olhos, próximos aos cílios, dando uma sensação de que eles estão piscando em diversas cores e equipados com fortes luzes. O dispositivo é ativado com uma bateria que suporta até quatro horas de uso.
O médico oftalmologista e cooperado da Unimed Vitória, Caetano Bellote, conta que o folião deve ter cuidado com a higiene da pele e do dispositivo. Alerta ainda para possíveis reações alérgicas a cola ou ao material do dispositivo. “Pessoas com blefarite recorrente, que é infecção as margens das pálpebras, e alérgicos devem evitar o produto”, explica.
Bellote conta que a maior preocupação de quem optar pelo acessório deve ser com o manuseio. “Trauma mecânico, podem ocorrer durante a colocação do dispositivo e caso o usuário sofra algum trauma no olho, durante a folia, o dispositivo pode agravar o dano, como por exemplo saindo de sua posição e indo parar dentro do olho. Usando com cautela, pode não trazer problemas, mas todo cuidado é pouco na hora de se proteger um órgão tão importante”, avisa.
Veja os principais cuidados, de acordo com especialistas:
· Certificar com um oftalmologista se as pálpebras e cílios estão aptos (sem alterações ou infecções) para o uso;
· Higiene palpebral apropriada antes e após o uso dos cílios;
· Não compartilhar os cílios LED com outra pessoa;
· Atenção a possíveis alergias (da cola ou do próprio material);
· Cuidado com o contato direto (dedo no olho) por causa da curiosidade das pessoas ao redor (principalmente crianças e foliões);
· Não dormir com o equipamento eletrônico colado nas pálpebras
