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Quem vai vencer o escárnio?

O vulcão está ativo.
A carta-rompimento do vice-presidente Michel Temer e a vitória da chapa de oposição para a composição da comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff são o fato mais marcante desde a promulgação da democrática Constituição da República, em 1988.
Analisar o momento político brasileiro é coisa para profissionais. Sou apenas um palpiteiro. Portanto, são considerações de quem vê da planície, como cidadão comum.
A primeira grave questão do dia é o vazamento da carta de Michel Temer. Afinal, de onde partiu a iniciativa? Do próprio vice-presidente? De Dilma Rousseff? Aposto todas as minhas fichas em Lula da Silva. Um exame de DNA vai revelar a paternidade dessa trairagem. Afinal, a quem mais interessava dar publicidade ao fato, dentro os que tiveram acesso ao documento?
Outra questão de crucial importância foi a vitória da chapa de oposição (pró-impeachment) na votação para a composição da comissão que vai analisar o pedido na Câmara dos Deputados.
Tirando o lamentável fato de que a votação foi secreta (por manifesta vontade dos oposicionistas, que há duas semanas exigiram voto aberto quando o PT, contraditoriamente queria votação secreta), a escolha mostrou que nesse momento a presidente Dilma Rousseff tem margem de segurança apertadíssima na Câmara Federal: obteve 199 votos e precisa de 172 para barrar o impeachment.
E aí a coisa pega, porque o PMDB, mesmo a ala governista, tende a se distanciar do Palácio do Planalto, por ação de Michel Temer. Os fisiológicos de plantão também começam a ver no vice-presidente uma alternativa viável de poder. Os vendilhões do templo…
Nesse terreno é que vai se travar a grande batalha, com os governistas querendo suspender o recesso parlamentar para decidir a questão o mais breve possível, e os oposicionistas tentando empurrar a discussão para meados de 2016.
Os governistas querem decidir logo porque ainda têm número de votos suficiente para barrar o processo. A oposição aposta que é necessário ganhar tempo porque novos fatos vão surgir nas investigações da operação lava-jato, colocando Dilma Rousseff em situação insustentável.
O que pareceu um golpe de mestre – tirar o foco da discussão do Palácio do Planalto – pode se transformar num tiro no pé.
O governo parece não ter a compreensão de que o fato de o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ser do mal, não transforma a presidente Dilma Rousseff, automaticamente, em pessoa do bem.
Errou também o PT ao insistir no velho truque de eleger um inimigo.
Ao fisiológico PMDB só interessa o impeachment, porquanto o afastamento de Dilma Rousseff pela via judicial (Tribunal Superior Eleitoral) atinge também o vice-presidente.
Dilma Rousseff tem dois vampiros colados em sua nuca: o vice Michel Temer – o próprio conde Drácula – e o inconsequente Lula da Silva, tão irresponsável que essa semana veio a público, cinicamente, dizer que a oposição quer tirar os pobres do poder.
Não há pobre mais no PT. O dinheiro subtraído dos cofres públicos tornou milionários o próprio Lula da Silva, seus filhos e seus amigos.
Resta saber qual será o papel do Judiciário, porque uma decisão de curto prazo vai encontrar na presidência do Supremo Tribunal
Federal o ministro Ricardo Lewandowski, considerado petista de carteirinha.
O problema é que Lewandowski será sucedido pela ministra Carmen Lúcia que, dias atrás, encheu de alegria os corações brasileiros ao declarar que a esperança venceu o medo, o cinismo venceu a esperança, o escárnio venceu o cinismo e o Judiciário vencerá o escárnio.

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