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Quase 25 mil pessoas deixaram os planos de saúde no último ano no ES

plano_saude_cartao-106234Quase 25 mil associados a planos de saúde no Espírito Santo migraram do setor privado para o setor público. Um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde suplementar (IESS) mostra que em 2015 o número de pacientes capixabas com plano de saúde era de 1.121.674. Em 2016 este número caiu para 1.097.026, o que representa uma queda de 2,2%.
Ao mesmo tempo, a demanda nos postos de saúde aumentou. Em 2015, foram registrados aproximadamente 5.693,285 milhões de atendimentos nas cidades de Vitória, Vila Velha e Cariacica. Esse número passou para 5.821,516 milhão em 2016, quase 128,230 atendimentos a mais na rede pública.
A lojista Lorena Souza tinha um plano de saúde até o último ano, mas como o orçamento apertou, ela precisou tirar uma despesa e optou por cancelar o plano. “Somos em três pessoas e todos tinham plano de saúde aqui em casa. Conversando com meu marido vimos que os outros gastos eram prioridades em comparação com o plano. Foi então que decidimos cancelá-lo”, aponta.
Quem também abriu mão do plano foi o técnico em enfermagem Sérgio Campos Ribeiro. Ele explica que estava cuidando dos custos de casa sozinho, já que a esposa está desempregada. “Quando percebi a situação apertando e que tinha que largar algo, logo pensei no plano de saúde. Assim fizemos e já estamos vendo um avanço na economia da casa”, conclui.
O superintendente executivo do IESS, diz que uma das principais justificativas para redução de beneficiários é a queda no total de postos de trabalho com carteira assinada, já que a maior parte dos planos é coletivo empresarial (aquele fornecido pela empresa para o seu colaborador). “Na realidade, a queda poderia ter sido ainda mais expressiva do que foi, mas como o plano é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás de educação e casa própria, as famílias acabam cortando muitos outros gastos antes de abrir mão do plano”, destaca.
A Prefeitura da Serra informou que não tem como precisar numericamente se houve aumento nos atendimentos, por isso não informação sobre o município.
Por: Larissa Barcelos ([email protected])

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