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Profissões no futuro: saberes em marketing e ciências de dados serão fundamentais

inteligência de negócios“Não adianta pensar na profissão de 2018 no curto prazo. Tem que pensar em como se inserir e se sustentar num mercado em constante transformação”. A fala é de Jefferson Cabral, diretor executivo da UVV Business School, e professor de “Inovação e Futurismo” na universidade. Profissionais de outras instituições de ensino e de empresas de recursos humanos concordam com ele e afirmam que as profissões, não só de 2018, mas as do futuro, estão na área de ciências de dados e análise dos mesmos, o que envolve competências referentes à ciência da computação, à engenharia da computação e ao marketing.

Representante da Heach Recursos Humanos, Leonardo Amorim, que tem 10 anos de experiência na área, explica que o profissional que detém o conhecimento da “business intelligence” (BI), ou “inteligência de negócios” – processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte à gestão de negócios – já é um profissional requisitado pelas corporações, sobretudo devido à crise econômica nacional, que obrigou as empresas a fazerem “mais com menos”. De acordo com o portal Big Data Business, o perfil desse profissional (que pode ser chamado de cientista de dados) passa pelo caminho da ciência da computação.

“A profissão do futuro é na área de ciências de dados, que é o cara que faz o BI: analisa informações, oferece informações estratégicas para tomada de decisões dos gestores. É a área da inteligência corporativa de negócios. Ele é um cientista de dados. Ele pode vir da engenharia da computação, da ciência da computação, mas se especializa em ‘big data’ (leitura de grande volume de dados). Estuda a ciência das informações para pegar informações estratégicas. Por isso controladoria e ciências da informação também crescem muito num mercado onde é necessário fazer mais com menos”, afirma Amorim. Ele informa que de acordo com o nível de responsabilidade e o tamanho da organização o empregado que trabalha na análise do big data pode ganhar até R$ 15 mil.

Para Jefferson Cabral a grande questão relacionada ao mercado de trabalho é formar pessoas “4.0” para ocupar os espaços e oportunidades gerados pela “indústria 4.0”, ou a quarta revolução industrial, baseada nas tecnologias de automação e análise de dados, facilitando a visão e execução das fábricas inteligentes.

“Neste novo cenário, carreiras e profissões desaparecerão, e outras serão criadas. Por isso, tenho que me preparar com ferramentas e competências para participar deste novo cenário. E eu não vou conseguir se não tiver o mínimo básico para poder ocupá-las. E a cultura de dados é uma competência indispensável neste momento, pois temos um volume gigantesco de dados sendo gerados a cada segundo. E a questão é o quanto estou preparado para enxergar esses dados e extrair inteligência para análise deles como um ativo estratégico das empresas. Quanto maior a capacidade de analisar essa quantidade de dados, melhor a decisão e maior o coeficiente de assertividade”, explica o diretor.

Marketing
Neste cenário, ele afirma que, além do cientista de dados, o profissional de marketing “vai voar” e tende a ser extremamente valorizado pelas empresas. “As carreiras ligadas a business, à tecnologia, olhando os dados como ativo estratégico vão decolar. Pego hoje a carreira de marketing, que até então não havia uma compreensão clara por parte das empresas e adquiriu uma importância fundamental, porque consegue fazer uma convergência entre business e estratégia de desenvolvimento de ideias com tecnologia. Unir essas duas pontas é que vai fazer com que a carreira ligada a marketing dispare. Os profissionais vão voar. E vão ser extremamente valorizados. Vão estar muito bem dentro deste cenário”, afirma Cabral.

Professora da Unidade de Gestão e Negócios da Faesa, Kátia Vasconcelos afirma que os profissionais da análise dados também podem vir de outras áreas. “Empresas estão tendo que automatizar processos. O profissional do futuro tem capacidade de analisar dados e propor soluções, ajudando empresas a dar sentido a seus dados. Diante de uma base de dados enorme, cruzam esses dados, analisam e tomam decisões. E o profissional não sai só da informática, mas também da estatística, da administração, das ciências contábeis, do marketing”.

thumbnail_Whindersson-Divulgação“Digital influencers” bem demandados
Os “digital influencers”, ou “influenciador digital”, são uma ameaça às mídias tradicionais. Isso porque empresas já têm utilizado a influência dessas pessoas no mundo online para a divulgação de seus produtos, obtendo bons retornos e diminuindo o valor gasto em publicidade nas grandes mídias, que é muito alto. O digital influencer é uma figura que surgiu da revolução da informação: trata-se de um produtor de conteúdo que utiliza seus canais, sobretudo redes sociais, para influenciar comportamentos tanto na internet, como fora dela. Como exemplos temos Whindersson Nunes, PC Siqueira e André Moscoso, todos famosos no mundo online.

“Os digital influencers não existiam há três anos. Mas estão acabando com a mídia tradicional, porque quem quer alavancar seus produtos já usa esse profissional para lançamentos e vendas. É um trabalho que está se desenvolvendo. A base é vinculada a marketing, desenvolvimento de estratégias, redes sociais, conceitos e dados”, explica o diretor executivo da UVV Business School, Jefferson Cabral.

obra aeroporto_sthefanyCarreiras técnicas na retomada do crescimento
Com a retomada de crescimento da economia no ano de 2018, algumas profissões que estiveram em alta até o ano de 2013, quando o Espírito Santo estava em constante crescimento econômico, tendem a ter seus postos de trabalho retomados, como as carreiras nas áreas técnicas e as engenharias.

“Temos grandes projetos de expansão anunciados e expectativas grandes de que empresas retomem aos seus processos que foram suspensos ou colocados em marcha lenta aguardando mudanças no país. Carreiras ligadas à construção civil tendem a voltar a ter oferta, na medida que começamos a ver crescimento do mercado de construção. Estamos num estado cercado de diferentes indústrias. A engenharia mecânica e as engenharias que atendem à área de mineração, siderurgia, papel e celulose tendem a crescer. Assim como os técnicos, eletrotécnico, técnico mecânico, eletricista de edificações, construção civil e engenharia civil”, analisa a professora da Unidade de Gestão e Negócios da Faesa, Kátia Vasconcelos.

E com esse crescimento na indústria, um consequente crescimento do comércio varejista também deve acontecer. “É só olhar no entorno e verificar quantidade de shoppings, no momento, aguardando lojas serem abertas no melhor momento para se apresentarem ao mercado. Vamos precisar de gerentes de lojas, vendedores profissionais, comerciais e uma rotatividade natural de hotelarias e dos serviços relacionados. Na medida que o país volta a crescer, vamos ver a necessidade de termos profissionais para todas as nossas áreas, mas com perfil diferente, que esteja cuidando da carreira e sejam atentos à evolução tecnológica”, conclui a professora.

Visando já este novo cenário, empresas estão reforçando seus quadros comerciais, de acordo com a diretora técnica da Selecta recursos humanos, Sharla Bitencourt. “As empresas estão contratando consultor de vendas, comercia e marketing, objetivando conseguir um número maior de contratos. As áreas trabalham em cima de comissão e o salário vai variando, desde o salário de comércio mais a comissão, nas vagas mais simples, até os cargos gerenciais, que com comissão variam entre R$ 8 mil e 12 mil reais”.

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