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Professores debatem a violência nas escolas durante audiência pública

Jheniffer Sodré – [email protected]

Uma pesquisa da Central Única de Trabalhadores (CUT) mostrou que 75% dos entrevistados (diretores, professores e alunos) já sofreram algum tipo de violência na escola; e 60% acreditam que o ambiente escolar é violento. A violência nas escolas é apontada por profissionais da educação como um dos principais fatores que afetam a qualidade do ensino das instituições de ensino. E o crescimento desses episódios, faz com que os alunos abandonem a escola e os professores adoeçam.
Só em 2012, no Espírito Santo, dos mais de 6.700 educadores 41% pediram afastamento do trabalho com licença para fazer algum tipo de tratamento médico. Com esse cenário preocupante em relação à violência, a CUT, o Sindicato dos Professores das Escolas Públicas do Espírito Santo (Sindiupes) e a Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE) solicitaram a realização de uma audiência pública para discutir o assunto.
O evento aconteceu na manhã desta quinta-feira (12) e lotou o plenário da Assembleia Legislativa (Ales). Entre as ações propostas durante o encontro estão: a criação de uma Frente Parlamentar para cuidar do combate contra a violência nas escolas, ficando responsável por acompanhar toda a forma de violência que acontece nas escolas; a elaboração de um Projeto de Lei para instituir um dia específico para debater o assunto e comemorar a paz; e a promoção de um Seminário Estadual para discutir o assunto e a criação de um Projeto de Lei com o propósito de reduzir a violência no ambiente escolar.
Na ocasião foram apresentados os dados da pesquisa da CUT e foi dado espaço para que os professores e demais funcionários da educação falem abertamente e fizessem suas reivindicações. Um grupo de educadoras de Cariacica, por exemplo, homenagearam um colega de trabalho que foi morto dentro da escola. Para o presidente do Sindiupes, Cristovam Mendonça, o momento foi rico e muito necessário para colocar em pauta essa temática da violência que é tão séria no Espírito Santo.
“Vemos uma situação alarmante, pois no Estado é o local onde mais se mata mulheres e onde se mata muitos jovens negros e negras”. Ele se ainda lembra de alguns casos de violência contra professores que marcaram a sociedade, pois esses profissionais acabaram morrendo dentro ou próximo das escolas em que trabalham, e reconhece que os próprios alunos são as maiores vítimas.
“Nossos alunos passam por diversas situações violentas, tanto físicas quanto psicológicas, e os motivos giram em torno de racismo, sexismo e homofobia”. Cristovam Mendonça ainda reforça que, mesmo que todos os encaminhamentos dados durante a audiência não sejam colocados em prática, só o debate sobre a temática já vale à pena.

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