A Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo (PRE/ES) emitiu parecer pela condenação do prefeito de Mimoso do Sul, Ângelo Guarçoni Junior, conhecido como Giló, e de seu vice, Gecemar Peruzini, por captação ilícita de sufrágio, ou seja, compra de votos na campanha de 2016. Ambos já foram condenados em primeira instância à cassação dos diplomas de prefeito e vice-prefeito e multa no valor de 25 mil Ufirs cada um.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Giló deu R$ 270 para compra de cadeiras para a igreja evangélica Tenda dos Milagres, com o objetivo de receber em troca votos dos membros da instituição. Em seu parecer, o procurador Regional Eleitoral no Espírito Santo, Carlos Vinicius Cabeleira, explica que são vários os fatores que permitem concluir que a situação não se tratou de mero assistencialismo.
“Primeiramente, a doação das cadeiras aconteceu em pleno período eleitoral, o que já é um fator que, por si só, merece atenção. Além disso, as conversas que foram gravadas pelo denunciante deixam claro que Giló iria comparecer à igreja para ser apresentado aos fiéis como a pessoa que doou as cadeiras, o que lhe permitiria tirar proveito eleitoral da situação, já que ele nunca havia ido ao local e nem daquela religião era”, destaca Cabeleira.
Como nos autos não existem provas da coautoria de Gecemar, a Procuradoria pede que seja afastada a pena de multa para ele.