por Karen Manzoli
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A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) o arquivamento da denúncia que citava o governador Paulo Hartung como suposto coordenador de repasses de caixa dois para seu grupo político entre 2010 e 2012. O pedido, no entanto, ainda precisa ser distribuído para um relator na Corte Especial do tribunal.
A informação foi publicada na edição da última sexta-feira (04) do jornal “Folha de S. Paulo”, na coluna “Painel”, e comprovada pelos advogados do governador no caso, Rodrigo Lisboa e Rodrigo Rabello – este último, também procurador-geral do Estado.
O pedido de arquivamento equivale a dizer que o Ministério Público Federal não encontrou elementos que justificassem a abertura de investigação contra Hartung. “Agora, a própria PGR, órgão que teria legitimidade para pedir a abertura de investigação, está pedindo o arquivamento do caso na fase inicial, porque entendeu que não há nenhuma conduta criminosa, porque não há nenhuma comprovação do que o delator afirmou, e o governador não foi nem sequer candidato em 2010 e 2012. A delação carece de prova corroborativa”, disse o advogado.
A delação
Em delação, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior, afirmou que, em 2010, a empresa repassou R$ 1 milhão a pedido de Hartung, via caixa dois, por intermédio do então secretário de Estado de Obras, Neivaldo Bragato. Em 2012, teriam sido repassados R$ 80 mil, também não declarados, dessa vez entregues ao então diretor-geral da Assembleia Legislativa, Roberto Carneiro.
