Karen Manzoli
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Dois homens de 23 e 25 anos, vendedores de tapetes, acusados de estuprarem os sobrinhos de dez e doze anos, foram presos em Vitória, nesta terça-feira (15). De acordo com a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente o caso aconteceu em dezembro de 2012, quando os acusados tinham 18 e 20 anos, e as vítimas estavam com cinco e sete. A denúncia foi feita pela mãe das crianças, que suspeitou do crime após encontrar vestígios de sangue nas roupas íntimas deles.
Segundo o titular da DPCA, delegado Lorenzo Pazolini, o laudo de corpo e delito foi inconclusivo. Mas a demora na conclusão do inquérito se deu por dificuldades em encontrar a única testemunha ocular do crime, a prima das crianças, de 13 anos, que presenciou a cena, – pois ela se mudava constantemente. Também houve dificuldade no acompanhamento psicossocial, em concluir os relatórios devido às constantes faltas das vitimas nas sessões.
Outro motivo ainda mais alarmante na demora é que os acusados foram acobertados pela avó das crianças (mãe dos acusados), que alegava que este assunto deveria ser mantido e resolvido apenas no âmbito familiar.
O irmão mais novo confessou o crime na delegacia, mas alegou que foi obrigado pelo mais velho a praticar os atos. Mesmo assim, quando indagado pelos repórteres, ele desmentiu, “meus sobrinhos inventaram isso porque eu não comprei um o presente que eles queriam”, disse. O mais velho, por sua vez, nega todas as acusações.
Ainda de acordo com o delegado, a família vivia em um terreno com várias casas juntas, onde viviam 12 pessoas. As crianças ficavam constantemente sozinhas. Ele explicou que a prima relatou o acontecido. nos quartos da mãe e da avó materna das crianças, após os acusados beberem uma garrafa de vinho e algumas de cerveja. Ela relata ainda que os irmãos levaram primeiro o menino mais velho para o segundo andar da casa, consumaram o ato, depois desceram e levaram o mais novo.
Lorenzo Pazolini fez ainda um apelo manifestando a importância da denuncia e cooperação em casos como esse. “É fundamental que os familiares ou qualquer cidadão que tenha conhecimento denunciem estes fatos à delegacia. Porque somente através disso, a polícia pode fazer seu trabalho”.
Os acusados receberam a intimação do mandado de prisão e compareceram à delegacia. Segundo o depoimento das vítimas e do acusado confesso, o crime aconteceu uma vez.