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Presos integrantes de quadrilha que aplicava golpes em empresas de mármore e granito

DEFA (1)Uma associação criminosa que aplicava golpes em empresas de mármores e granitos do Espírito Santo foi desmembrada na tarde da última terça-feira (2). Segundo a polícia civil, eles compravam os produtos com cheques falsos em nomes de terceiros e revendiam no mercado por valor inferior. Duas pessoas foram presas em flagrante acusadas de integrar o esquema. Mas ainda há criminosos sendo investigados.

A titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), Rhaiana Bremenkam, relatou que o dono de uma empresa na cidade de Cachoeiro do Itapemirim, sul do Espírito Santo, denunciou ter vendido 387 chapas no mês de fevereiro para um homem que se identificou como Arnaldo. Mas os cheques voltaram e ele descobriu ter sido lesado em R$ 150 mil.

“Todos os cheques voltaram porque foram furtados de um malote. Eles passaram a cobrar o Arnaldo, que sempre enrolava, mas nunca aparecia. Um funcionário dessa empresa estava em Vitória e resolveu ir até onde entregaram as chapas, em Novo Horizonte, na Serra”. De acordo com Rhaiana, chegando lá o funcionário percebeu que caminhões transportavam as pedras para um novo local, em Alterosas, mesmo município.

Moradores informaram que o dono do local seria outra pessoa e passaram um telefone. Quando foi salvar o número, a surpresa: ele já estava na agenda em nome de Arnaldo. “O Arnaldo então teria utilizado um nome falso. Na data de ontem (2) ele foi ao novo endereço, se passou por cliente, entrou e verificou que as chapas estavam no local. Eles tiraram a identificação com o nome da empresa mas acabaram mantendo a qualificação que trás um código específico e o nome do funcionário responsável”.

A delegada informou que a Polícia foi até o local, comprovou que a denúncia e encontrou 110 das 387 chapas adquiridas. Foram encontrados ainda cerca de R$ 500 mil em pedras de granito e mármore, o que indica mais vítimas. “Uma delas nos já localizamos hoje (3), que confirmou a mesma história, o Arnaldo, golpe e cheques fraudados”.

No local foram presos os irmãos Francielly Guimarães Batista, 25, e Felipe Guimarães Batista, 21, que se identificaram como donos do galpão. Para a polícia, ambos são filhos de Arnaldo. Eles negam, dizem que compraram as chapas e são também vítimas do acusado.

DEFA (2)“O que nos mostra que eles realmente não são vítimas foram às anotações que encontramos no local. Cada metro quadrado da chapa foi adquirido e vendido pela empresa por R$ 80 o metro. Eles comercializam por R$ 30 ou R$35. É um valor que não paga nem o custo. É irrisório, coisa de quem não pagou nada e estava lucrando”, afirmou a delegada.

De acordo com a polícia, eles chegavam a ganhar R$ 14 mil em dinheiro vivo em uma única venda. Os suspeitos não apresentaram nota fiscal de compra ou venda que legalizasse a venda, apenas o caderno de anotações. “É algo muito primário, não tem o nome das chapas correto. Identificavam como verde, preto, branco. Nada de quem entenda do assunto”, disse Rhaiana.

Ela informou ainda um carro preto, modelo Corolla, objeto de outra investigação da polícia, foi encontrado no galpão. Ao verificar os dados, ficou constatado que o veículo foi comprado por financiamento fraudulento por uma cadeia de proprietários com três nomes falsos. “É um caso que nos investigamos, de um estelionatário que utiliza nomes falsos para adquirir veículos. Temos denuncia anônima que o liga ao Felipe. Pode ser uma associação criminosa muito maior”.

Os irmãos foram autuados por receptação qualificada, associação criminosa e encaminhados ao Centro de Triagem de Viana. A investigação continua para para identificar Arnaldo e os outros integrantes.

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