A Polícia Civil prendeu um dos acusados no caso de três adolescentes, de 14, 16 e 17 anos, filmados praticando atos sexuais em um matagal do bairro Cidade Continental, na Serra. Leonardo Silva Gonçalves, 29, “o Léo nareba”, é apontado como chefe do tráfico de drogas na região e quem teria ordenado a ação. O outro identificado é David William Pereira da Silva, o “belão”, indicado como gerente e quem gravou os videos. Ele está foragido. O caso aconteceu no último dia 30.
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Lorenzo Pazolini, o caso envolve uma disputa pelo controle do tráfico de drogas. Tudo aconteceu porque os três adolescentes foram confundidos com outros acusados de vender entorpecentes na região. Eles são estudantes e não tem passagens pela polícia.
“Os traficantes locais suspeitavam que esses adolescentes teriam envolvimento com uma outra quadrilha, que na verdade não se confirmou, eles não tem qualquer ato infracional praticado, nem qualquer contato com o tráfico. A partir daí foram submetidos a intensa tortura, sofrimento, e uma série de violações sexuais caracterizando sem dúvida nenhuma também um crime de estupro”.
O delegado explicou que os três adolescentes seguiam para uma quadra de futebol do bairro, por volta das 15h do dia 30 de julho, quando foram abordados por David Silva. Ele pediu que os meninos levantassem a camisa, para verificar se estavam armados. Depois, pegou os celulares, colocou 14 buchas de maconha na mão de um deles e o obrigou a confessar que estava vendendo drogas na região gerenciada por ele, gravou e enviou para Leonardo Gonçalves.
Após isso, pediu que eles seguissem em fila para o matagal, onde foram obrigados a se despir, torturados, praticaram atos sexuais uns com os outros e ter contato com drogas por cerca de duas horas sob a mira de uma arma. Enquanto tudo era filmado, David Silva mantinha o viva voz do celular ligado e enviava os vídeos para Leonardo Gonçalves, que se dirigiu ao local. “Em um dado momento, ele se deslocou a região para conferir se os adolescentes estavam ali sendo torturados, e se aquilo tudo que estava no vídeo foi feito conforme a orientação dada anteriormente”.
Pazolini informou ainda que David Silva tem diversas passagens pela polícia: roubo (15 de fevereiro de 2013); tráfico (14 de abril de 2015); e outra por motivação não especificada em 27 de agosto de 2016. Em todos os casos ele foi solto, respectivamente, em 13 de junho de 2013; 14 de dezembro de 2015 e 27 de março de 2017.
Já Leonardo Gonçalves foi preso por tráfico, associação e corrupção de menores em 2 de março de 2009; tem um mandado datado de 16 de dezembro de 2011 por tráfico e associação; e um terceiro (com data desconhecida) pelos mesmos crimes, emitido pela 5ª Vara Criminal da Serra.
Ainda segundo o delegado, David Silva procurou as famílias uma semana após o crime para se desculpar porque os confundiu com outras pessoas. O caso chegou a DPCA no última dia 2, e a prisão dele foi efetuada no dia 15, em conjunto a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DETEN) da Serra. O acusado estava em um carro do bairro Cidade Continental e levou a polícia até um apartamento conhecido como “paiol”, onde foram apreendidos 23 kg de maconha. Já Leonardo Gonçalves abandonou a casa onde vivia e fugiu.
“Vamos divulgar a imagem do David e solicitar novamente o apoio da população para que possamos cumprir esse mandado de prisão; É uma série de crimes que eles praticam, que não podem ser aceitos. São vítimas adolescentes, submetidos a um intenso sofrimento físico e psicológico a pretexto dessa guerra toda envolvendo o tráfico de drogas”.
Os acusados vão responder por tráfico, associação ao tráfico, tortura, estupro de criança e adolescente, produção/armazenamento e divulgação de imagens envolvendo menores.
Que aconteça o mesmo com esses dois infelizes, que destruíram a vida de 3 adolescentes, que com certeza, terão traumas difíceis de sanar.
Tomar vergonha na cara, adolescentes traficantes, aterrorizavam os moradores, mais que certo!
Da próxima vez lê a matéria toda. (Maycon)
“Tudo aconteceu porque os três adolescentes foram confundidos com outros acusados de vender entorpecentes na região. Eles são estudantes e não tem passagens pela polícia.”