Ygor Cássio
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Um cozinheiro, 28, suspeito de abusar sexualmente da enteada, foi preso na manhã desta sexta-feira (29), em Vila Velha, pela equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com o apoio da Superintendência de Polícia Prisional (SPP). O crime aconteceu em 2015, quando a vítima tinha apenas sete anos.
O homem convivia com a criança desde que ela tinha quatro anos de idade. Segundo a polícia, a mãe, uma auxiliar de serviços gerais, 26, acredita na inocência do padrasto e mesmo durante as investigações continuou convivendo com ele.
“A mãe disse que não acredita mesmo com as provas. Isso é lamentável, por que quem deveria proteger a criança é o primeiro a dar as costas”, disse o delegado Lorenzo Pazolini, responsável pelo caso.
O delegado conta que a mudança de comportamento da criança levou à desconfiança da família. “O fato chegou até aqui através de uma denúncia da tia materna da vitima. Em depoimento ela informou que a avó da criança desconfiou da mudança de comportamento dela, mas que a ficha só caiu quando a vitima contou sobre as agressões”, afirmou Pazolini.
“A avó desconfiava que a mãe seria omissa. O que reforça a suspeita de omissão é que a mãe continuava convivendo com o autor do crime”, disse. O homem não quis falar com a imprensa. Ele pode ser acusado por estupro de vulnerável e passar de 8 a 15 anos preso.
Caso
O caso foi denunciado pela tia materna da vítima, após a avó notar uma mudança de comportamento da criança. Em um primeiro momento a menina contou somente sobre as frequentes agressões físicas, mas depois de ser confrontada pela tia revelou os abusos sexuais.
Depois da denuncia por parte da criança, o padrasto agrediu e abusou sexualmente dela. A vítima foi levada ao Hospital Infantil de Vila Velha (Himaba), onde foi feita uma avaliação. A criança apresentava sangramento nas partes íntimas e foi constatado o abuso sexual.
Uma investigação foi aberta em junho de 2015 e foi finalizado em janeiro de 2016. Após a denúncia, o pai pegou a guarda da menina, que hoje vive em Minas Gerais. Como o agressor não oferecia riscos à vítima permaneceu livre. Somente no último dia 21 de setembro, um mandado de prisão contra o homem foi expedido, pois ele não foi encontrado pelo oficial de justiça.