Nem já ter sido condenado intimidou Nickolas Rhomero Simis, 30, a cometer o mesmo crime: venda ilegal de remédios de emagrecer por sites de venda na internet. O homem, condenado em 2016, foi preso na tarde desta terça-feira (6), por continuar comercializado os medicamentos por meio de sites como OLX e Mercado Livre, e enviados para todo o Brasil.
Nickolas foi preso em flagrante em sua casa, no bairro São Diogo na Serra, mas o material foi encontrado apenas em seu escritório, no bairro Jardim Limoeiro. Foram apreendidas cerca de oito caixas de antidepressivos e inibidores de apetite que a polícia ainda investiga a origem.
Ele, que chegou a ser preso em agosto de 2016, voltou a reorganizar um novo escritório poucos dias depois de ser solto. Na primeira apreensão o material havia sido encontrado em sua casa, e por isso resolveu alugar um novo espaço. Na primeira prisão seu pai, que é farmacêutico também foi condenado, já desta vez ainda não há indícios da parceria, mas a polícia não descarta essa possibilidade.
O produto era vendido em pequenos coquetéis que custavam cerca de R$50 e podem ter sido enviados para todo o Brasil. Para não levantar novas suspeitas, Nickolas adulterava os remetentes e destinatários e os malotes eram enviados por menores que eram pagos para fazer o serviço. Um jovem de 16 anos se apresentou nesta quarta-feira (7) a polícia afirmando que realizava esse tipo de trabalho para o acusado até o final de 2017 mas, parou por pedido da mãe que não gostou quando soube do trabalho feito pelo filho.
A prisão
Nickolas foi descoberto após denuncias anônimas dando conta que um escritório, na Serra, vendia remédios para emagrecer pela internet e fazia os envios pela agência dos Correios de Novo Horizonte. No momento em que a polícia chegou, haviam acabado de serem enviados 30 pacotes para os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
“As investigações apontam que de janeiro de 2017 até agora, houve uma evolução patrimonial considerável, tendo em vista a troca de veículos que ele veio fazendo. Então, pelo que a gente tem nas investigações, ele vivia disso. Tem, inclusive, alguns indícios de venda por meio de aplicativo de celular, que a gente pegou, onde ele falou que faturava cerca de R$20 mil por mês”, relata o delegado Alberto Roque Peres titular da Deten.
Riscos
Segundo o delegado as pessoas que compraram esses medicamentos, além de correrem riscos de saúde por consumirem remédios controlados sem o acompanhamento de um médico, podem ter adquirido produtos vencidos, ou até mesmo adulterados. Ele destacou que essa possibilidade ainda está sendo analisada pela perícia. Os clientes ainda correrem o risco de serem indiciadas pelo crime de receptação.
Nickolas Rhomero Simis pode ser condenado por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, corrupção de menores e falsidade ideológica.