Com o período das chuvas, aumenta o número de caramujos africanos em áreas de vegetação. Em Vila Velha, a incidência nas áreas de restinga tem preocupado frequentadores da praia. Está sendo feito um trabalho de cata manual dos moluscos e orientação à população.
Equipes de limpeza começaram um trabalho de montagem de armadilhas nas áreas de restinga na segunda-feira (10) para atrair os animais e facilitar a coleta. “O serviço ocorrerá até a diminuição da incidência dos animais em vias públicas. A população que frequenta a orla não deve mexer nos animais, pois a Prefeitura vai promover a retirada”, falou a secretária da Semsu Marizete de Oliveira.
O caramujo costuma se desenvolver em locais como terrenos baldios, restinga, hortas, plantações e áreas em que existem entulhos. Eles são considerados uma praga agrícola, sem predadores naturais e hospedeiros de vermes capazes de provocar doenças.
A população é responsável pela coleta dos animais em suas residências. A Semsa recomenda a coleta manual, com a utilização de luvas ou sacolas plásticas, para evitar o contato da pele com o muco desses animais. Feita a coleta, deve-se aplicar cal virgem sobre os caramujos. Em seguida, é importante que as conchas sejam quebradas, pois elas podem se tornar criadouros para os ovos do Aedes aegypti. Após esse processo, os animais mortos devem ser enterrados. A população pode obter informações por meio da Ouvidoria Municipal 162.
Atenção às dicas:
– Os moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas;
– Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco. Somente o cal virgem vai matar tanto os ovos quanto o animal adulto;
– Os caracóis recolhidos devem ser enterrados em uma cova profunda (aproximadamente 40 cm), utilizando o cal virgem no fundo da vala;
– Jamais ingeri-lo;
– Não transportá-los nem jogá-los vivos em áreas de vegetação.