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Prefeitos eleitos e reeleitos discutem ajuste fiscal com o governo do Estado

Em encontro que reuniu os 78 prefeitos eleitos e reeleitos para mandato em 2017/2020 na manhã desta sexta-feira (11), em Vitória, o assunto foi ajuste fiscal. Os gestores municipais têm o desafio econômico de administrar as contas pelos próximos quatro anos em um cenário nebuloso. Para a Secretaria do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, a crise chegou a todas as instâncias do governo, e é preciso discutir prioridades. As medidas então precisariam ter efeito didático, disciplinando os gastos. “A maior parte dos governos não podem tudo, e precisam escolher entre o que gera mais impacto para os grupos mais vulnerais. Hoje, a maior parte do orçamento federal é usada para não pobres, e a lógica precisa ser revertida”.
Entre as prioridades, Ana Paula falou em educação e saúde, sendo a segunda importante para gerar uma sociedade mais produtiva. “As áreas sociais e a segurança são o que precisamos de fato entregar para a sociedade”
Para o prefeito Luciano Rezende, a prefeitura de Vitória viveu duas grandes crises de arrecadação. “A primeira foi à econômica, ética, administrativa e política. A outra foi o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) em 2013, o dinheiro em dólar que vinha para a conta da prefeitura livre há 40 anos. O desafio de equilibrar as contas no cenário atual tem que continuar, mas os sinais são de melhoria para os próximos anos”, disse.
Para o prefeito reeleito da Serra, Audifax Barcelos, não se deve esperar muita coisa após o que foi discutido no encontro. “O cenário é muito ruim do ponto de vista econômico, e da arrecadação; Ficou um alerta para os prefeitos da necessidade de fazer as coisas com muita cautela. O que for plantado hoje, vamos colher daqui a quatro anos”.
Quanto às perspectivas, Audifax falou em melhora a partir de 2018 e através de medidas simples. “Entendo que precisamos reduzir salários e gastos com aluguel de carros, por exemplo. Por mais que não tragam valores significativos, criam um efeito pedagógico importante”.
O encontro foi organizado pelo Governo do Estado, e, na oportunidade, o governador Paulo Hartung, sugeriu aos atuais e futuros gestores cancelem as promessas de campanha “desconectadas com a realidade socioeconômica”. “Acompanhei diversas campanhas eleitorais no Estado e vi que muita coisa prometida está desconectada com a realidade atual. Enquanto governador, quero sugerir, e até aconselhar aqueles que assumiram compromissos que não têm conexão com o contexto socioeconômico que estamos vivendo, que peçam desculpas para a população e façam os ajustes que tenham que ser feitos. É melhor fazer isso que adiar problemas. Todos os municípios terão que fazer contas e ajustes fiscais. É melhor fazer isso logo e manter a transparência e diálogo junto à população”, alertou o governador.
Durante o encontro, foi apresentado ainda um conjunto de parcerias entre Estado e Municípios que segundo Hartung, serão importantes no momento em que muitos gestores vão precisar ajustar as contas da prefeitura. “Nos ainda vamos conviver com a crise. Mas acredito que em pouco tempo a economia vai funcionar melhor, os empregos apareçam, através do consumo com atividade econômica, que ajudam na arrecadação da união e do Estado”.

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