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Postura de Paulo Hartung na campanha de Lelo o coloca como “traidor” do PMDB

lelo-coimbra-suellen-tonini-11O que nos bastidores políticos já se comentava ganhou projeção nacional: a infidelidade do governador Paulo Hartung (PMDB) ao candidato do seu partido – que, inclusive é o presidente da sigla no Espírito Santo -, Lelo Coimbra. O peemedebista, que é deputado federal, conquistou a terceira colocação na disputa e todo crescimento ao longo dos 45 dias do processo eleitoral sozinho, sem a participação do governador, que – sem dúvida – é o grande destaque político capixaba dos últimos anos.

Avaliações apontam para dois cenários: o primeiro é que ficou muito feio para Hartung, sobretudo porque os nomes fortes de seu governo estiveram apoiando a candidatura do deputado estadual Amaro Neto (SD), que foi para segundo turno com Luciano Rezende (PPS). “Cerca de vinte pessoas que atuavam na campanha de Lelo eram do governo, porém nenhum com grande relevância. Os nomes fortes caminharam com Amaro, e o governador deixou claro a Lelo que só participaria de sua campanha, se pudesse dar o mesmo espaço a Amaro”, destacou interlocutor político ligado ao Palácio.

A outra reflexão é que Lelo pode considerar que não precisa mais da figura da Paulo Hartung para disputar qualquer pleito. O deputado federal e presidente do PMDB ganhou musculatura nas eleições em Vitória. Sem apoio sólido do Palácio Anchieta, Lelo viu seu capital político aumentar.

Luciano Rezende ficou em primeiro lugar nos votos com a preferência de 81.315 eleitores (43,82%) enquanto Amaro recebeu 65.554 (35,32%) votos. Lelo ficou em terceiro lugar tendo recebido 26.584 votos. Os outros que concorreram á prefeitura de Vitória foram Perly Cipriano (PT) e André Moreira (PSOL), que receberam 6.461 e 5.668 votos, respectivamente.

Na quarta-feira, 28 de setembro, quatro dias antes de o eleitorado ir às urnas, Hartung gravou três programas de TV, voltando atrás no que já tinha anunciado e colocando sua digital nas campanhas de Sergio Vidigal (PDT) – que foi para o segundo turno na Serra, contra o prefeito Audifax Barcelos (Rede) -, Rodney Miranda (DEM) e Erick Musso (PMDB), que foram derrotadas nas eleições às prefeituras de Vila Velha e Aracruz, respectivamente. Quando questionado se não iria fazer para Lelo – uma vez que ele era o candidato do PMDB, já foi seu vice-governador e secretário de Educação em gestões anteriores no Governo do Estado – disse que não veria problema, desde que pudesse fazer o mesmo para Amaro.

Nesta terça-feira (4) mais um sinal de que o palácio Anchieta está com a digital dos cinco dedos na campanha do candidato do Solidariedade, em Vitória, foi um almoço entre Haroldo Correa Rocha, secretário de Educação do Estado e que fez parte da equipe de coordenação da campanha de Lelo, com Amaro Neto. Os dois, acompanhados de Max da Mata, estiveram em uma casa de massas, localizada em Santa Lúcia, em Vitória.

Lelo, contudo, após a derrota, está em Brasília cumprindo sua agenda como deputado. E, até agora, não anunciou se participará do segundo turno. Já em campanha para a segunda etapa do pleito na capital, Luciano Rezende e Amaro tentam atrair o apoio de André Moreira (PSOL), Perly Cipriano (PT) e Lelo.

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