Militares estão procurando a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Bombeiros do Estado (ACS) para denunciar a situação que pode se refletir diretamente na segurança pessoal dos policiais e também na saúde deles: o uso de coletes balísticos vencidos e também o rodízio no uso do EPI que os policiais devem fazer.
“Desde junho policiais nos procuram denunciando o uso de coletes vencidos e o revezamento do material entre os militares. Até maio deste ano, cada militar tinha o seu próprio colete balístico, com a falta do material, ele tem que acautelar o colete. Com isso, hoje o policial sai de casa fardado e está desprotegido no percurso até o batalhão”, informou o 1º secretário da associação, Cabo Fernando Lyra.
A ACS sabe que o acautelamento do equipamento de proteção individual vem acontecendo porque o número de coletes balísticos adquiridos pelo Estado não foi suficiente para substituir os equipamentos vencidos que ainda estão nos batalhões. Além disso, o uso de um mesmo colete por vários policiais vem acontecendo porque o Estado quer conter gastos.
Além do revezamento do material, outra realidade denunciada pelos militares é sobre o desconforto que o uso do equipamento de outra pessoa pode causar. “Há casos de policiais que usam colete tamanho G e que, quando vão pegar o equipamento para sair às ruas, só tem um colete M, por exemplo, com isso, a área vital do corpo do policial não fica totalmente protegida porque uma parte dela fica exposta”.
E continuou dizendo que o policial saía de casa já fardado, com o colete. Hoje por causa desse problema, o militar não está indo mais para casa com essa proteção. “Até mesmo porque não tem colete para todos de todos os tamanhos. A área que o colete protege é uma área vital do corpo, mas tem PM usando menor, ficando exposto ao risco. Muito ruim, uma das profissões mais perigosas, sem o equipamento básico”, finalizou o militar.
