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Polícia desarticula mais uma parte da quadrilha que vende veículos pokémons

A polícia prendeu, preventivamente, quatro pessoas acusadas de comercializar veículos “pokémons” e ainda furtarem os mesmos carros, novamente, dos compradores. Os suspeitos vendiam os veículos com um rastreador e ficavam com a chave reserva, para que pudessem ter fácil acesso a eles.

As prisões fazem parte da operação “Clava”, uma segunda fase da operação “Traditore”, que tinha o objetivo de desarticular uma associação criminosa por fraudar carros de luxo, por meio de golpes de locadoras e adulteração de veículos de furtos e roubo. Na primeira fase, quatro pessoas foram presas e um homem ainda permanece foragido.

Na última quinta-feira (12) foram presos, Assad Said Jurdi Filho(Carioca), Carlessandro Benevides Monte, Renan de Oliveira Bertolani e Daniel de Almeida Souza (Juninho despachante). Ainda permanece foragido David Azevedo Dias Chagas, que é considerado um dos mais importantes na manutenção do esquema.

jet skisDavid mora em Piúma e possui uma oficina mecânica. Em sua casa foram encontradas diversas chaves reserva dos veículos já vendidos, além de centenas de peças de veículos. Segundo a delegada Rhaiana Bremenkamp, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), tudo indica que são produtos ilícitos frutos de veículos furtados.

O mecânico seria um dos mais importantes do grupo devido a sua grande influencia na compra de veículos no estado de Minas Gerais. A polícia acredita que que ele é quem teria um maior poder financeiro de compra visto que não hesitava em ostentar seus bens. Na casa do homem foram encontrados oito veículos de luxo e dois Jet Skis.

David não foi preso, pois viajou para MG, por volta das 15 horas, provavelmente para adquirir novos veículos.

O esquema
As investigações mostram que o esquema começa quando Carlessandro, David e Assad (Carioca), adquirem os veículos de maneira irregular, e passam para Renan, Paulo Henrique, Fábio e Carlos Eduardo (Boca), presos na operação “Traditore” que a partir daí passam os veículos para Robson, Marcos e Daniel (Juninho despachante).

A partir deste ponto os veículos começam a der repassados para terceiros de boa fé por valores ainda bem abaixo do mercado. Veículos que podem nunca ter seus documentos transferidos, ou serem roubados novamente pela quadrilha.

Detran

Os documentos dos veículos eram conseguidos através de Daniel (Juninho despachante), que falsificava os mesmos de acordo com o interesse de quem solicitava. Ele fornecia o material em duas maneiras: o bom e o “batido” ou raspado. O de melhor qualidade, era feito com um documento original do Detran que chegava em branco para ele para que fosse preenchido, já o “batido” era feito com uma impressão comum em impressora de boa qualidade, ou apagando as informações de um registro original velho para inserir novos registros.

“Um documento desse pode variar de 1.500 a seis mil reais. Pra ele conseguir esse documento, possivelmente alguém está desviando”, relata a delegada. A partir desta descoberta a polícia suspeita que há a participação de um funcionário do Detran na associação criminosa, mas ainda investiga quem seja essa pessoa.

Todos os presos foram presos em casa, e tiveram os celulares apreendidos. A partir daí a polícia teve acesso a diversas conversas por aplicativo que podem levar também aos próximos suspeitos. Confira algumas conversas:

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