Larissa Barcelos – [email protected]
Após a morte do Investigador Mário Marcelo de Albuquerque na noite da última terça-feira (7), na BR 259, em Colatina, a Polícia Civil do Espírito Santo decidiu paralisar as atividades nesta quarta-feira (8). Com isso, todos os Departamentos de Polícia Judiciária (DPJ) e atividades do departamento médico legal (DML) estão suspensos. Apenas flagrantes serão atendidos.
A paralisação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia Civil do Espírito Santo (Sinpol-ES), Júnior Fialho, em assembleia realizada na Chefatura de Polícia, na Reta da Penha, para cerca de 600 policiais civis, entre eles delegados, escrivães, investigadores, peritos criminais e papiloscópicos, fotógrafos criminais e médicos legistas. Por unanimidade, todos aderiram.
“A reivindicação é uma só: reposição salarial. Todo trabalhador tem direito a reposição salarial, e há três anos esse governo não fala nisso. Acho que a função de colocar mais efetivo e melhores condições de trabalho é papel do estado. Meu papel como representante sindical é pedir reposição salarial. Já fomos o terceiro melhor do país, hoje somos quase o último. Queremos valorização para dar segurança as nossas famílias.
Após o ato, eles ocuparam uma faixa da Av. Maruípe e saíram em carreata até o Quartel da Polícia Militar. Com trio elétrico e gritando palavras de ordem, eles prestaram solidariedade aos PMs, e prometeram seguir para o Palácio Anchieta, no centro de Vitória. por volta de 14h30, eles saíram em comboio para o velório e sepultamento do investigador assassinado, no cemitério Jardim da Paz, na Serra.
“Hoje iremos ao velório do nosso amigo que faleceu, tentando salvar a vida de um cidadão comum. Perdemos um companheiro, e aproveitaremos a oportunidade para dar um último adeus ao nosso amigo”.
Conhecido como Marcelinho, o policial passava de viatura com um colega pela altura da curva Mário Cassani, próximo ao Distrito de Baunilha. Ele flagrou uma tentativa de assalto, reagiu, trocou de tiros e foi atingido no abdome. Marcelo chegou a ser socorrido para o hospital São Bernardo em Colatina, mas não resistiu.